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GOVERNO DO ESTADO

- Publicada em 14 de Setembro de 2012 às 00:00

Memorial da Legalidade recebe mais de mil visitas


CACO ARGEMI/PALÁCIO PIRATINI/JC
Jornal do Comércio
Um dos espaços de preservação histórica da luta pela democracia brasileira completou um ano de inauguração. Lançado no cinquentenário do movimento liderado pelo ex-governador Leonel Brizola, o Memorial da Legalidade recebeu mais de mil visitantes em seu primeiro ano de atividades. O evento alusivo à data reuniu autoridades e personalidades integrantes do movimento quinta-feira, no Palácio Piratini.
Um dos espaços de preservação histórica da luta pela democracia brasileira completou um ano de inauguração. Lançado no cinquentenário do movimento liderado pelo ex-governador Leonel Brizola, o Memorial da Legalidade recebeu mais de mil visitantes em seu primeiro ano de atividades. O evento alusivo à data reuniu autoridades e personalidades integrantes do movimento quinta-feira, no Palácio Piratini.
O Movimento da Legalidade garantiu, através da mobilização popular, a posse de João Goulart - Jango - na presidência da República, em 1961. De acordo com o governador Tarso Genro (PT), o Memorial da Legalidade é um espaço fundamental para a preservação da história do País. “Estabelece vínculos com a história, a memória democrática do Estado e mostra a comunicação como um elemento importante na consolidação do estado de direito democrático”, disse.
O chefe de Estado também destacou a importância de dois líderes políticos que, segundo Tarso, têm sido renegados ao longo da história. “Leonel Brizola e João Goulart foram esquecidos pelas suas virtudes e não por seus defeitos, mas estão no centro da constituição democrática do País e nunca receberam o devido reconhecimento”. Ele destacou a atuação individual dos dois, como as lutas pela reforma de base e reforma agrária de Goulart e a resistência ao regimento militar e garantia da educação pública de Brizola. A rede formada pelo movimento reuniu pessoas de todo o Rio Grande do Sul, como o jornalista João Batista Marçal, de Quaraí. “Eu tinha um programa de rádio, lá na fronteira, mas tive a voz silenciada pelos militares, que esperavam ao lado de fora do estúdio”, conta.
Na Capital, Carlos Bastos, então repórter do jornal Última Hora, acompanhou todos os acontecimentos nos porões do Palácio Piratini. “Foram dias tensos, o que mais me impressionou foi o discurso de Brizola, denunciando a ordem de bombardeio dada pelo Exército, que, depois de uma hora de pronunciamento, aumentou de cinco para 50 mil o número de pessoas em frente ao Palácio”, afirma.
Bastos se emociona ao falar dos acontecimentos e da importância da preservação desta história. “É o único movimento no mundo, de que eu tenha conhecimento, em que um governador conseguiu a adesão do povo para impedir um golpe de Estado”, analisa.  Ele e outros integrantes do movimento receberam do governador um DVD que reúne os depoimentos realizados durante o seminário Legalidade em Debate: 50 anos, promovido pelo governo do Estado em parceria com o Museu de Comunicação Hipólito José da Costa.
Outro material lançado durante a cerimônia foi a revista Legalidade em Quadrinhos, que terá 4,8 mil exemplares distribuídos para os alunos da rede pública estadual.  Após a cerimônia, os presentes puderam visitar o Memorial, localizado nos porões do Palácio Piratini, onde eram realizadas as transmissões da Cadeia da Legalidade. O espaço reúne informações, fotografias, jornais, móveis e equipamentos eletrônicos utilizados na época.
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