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ASSEMBLEIA LEGISLATIVA

- Publicada em 28 de Junho de 2012 às 00:00

Deputado quer desarquivar a emenda que estatiza a água


MARCELO BERTANI/ALRS/JC
Jornal do Comércio
O presidente da Comissão de Segurança e Serviços Públicos da Assembleia Legislativa, deputado Luis Fernando Schmidt (PT), encaminha hoje ao presidente da Casa, deputado Alexandre Postal (PMDB), pedido de desarquivamento da proposta de emenda constitucional (PEC) que defende o monopólio estatal nos serviços de água e esgotamento sanitário. A chamada PEC da Água foi protocolada em fevereiro de 2011 pelo petista e subscrita por mais 24 parlamentares dos partidos da base governista (PT, PDT, PTB, PSB, PCdoB e PRB). Aprovada nas comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e de Saúde e Meio Ambiente ainda no ano passado, acabou recebendo parecer contrário - referendado por sete votos a dois - do deputado Mano Changes (PP) na Comissão de Serviços Públicos e arquivada por despacho da presidência.
O presidente da Comissão de Segurança e Serviços Públicos da Assembleia Legislativa, deputado Luis Fernando Schmidt (PT), encaminha hoje ao presidente da Casa, deputado Alexandre Postal (PMDB), pedido de desarquivamento da proposta de emenda constitucional (PEC) que defende o monopólio estatal nos serviços de água e esgotamento sanitário. A chamada PEC da Água foi protocolada em fevereiro de 2011 pelo petista e subscrita por mais 24 parlamentares dos partidos da base governista (PT, PDT, PTB, PSB, PCdoB e PRB). Aprovada nas comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e de Saúde e Meio Ambiente ainda no ano passado, acabou recebendo parecer contrário - referendado por sete votos a dois - do deputado Mano Changes (PP) na Comissão de Serviços Públicos e arquivada por despacho da presidência.
De acordo com Postal, foi seguido o regimento interno do Legislativo. “Quando uma comissão nega o encaminhamento de qualquer processo legislativo, automaticamente vai para arquivo”, justifica, afirmando que Schmidt também deverá seguir a norma interna. O deputado petista, porém, não concorda com a avaliação de Postal e afirma que o parecer da procuradoria que embasou a interrupção da tramitação da matéria foi “um equívoco jurídico sem precedentes”, pois já havia sido aprovado por duas comissões. “O parecer do procurador não conseguiu buscar elementos jurídicos que o sustentassem”, observa. “A decisão está nas mãos do deputado Alexandre Postal”, declara Schmidt, afirmando que o presidente pode pedir uma reavaliação do parecer à procuradoria da Casa e, até mesmo, encaminhar a PEC diretamente para votação em plenário.
A superintendência da Assembleia informa que não há previsão regimental para desarquivamento de um despacho da presidência. Caso venha a ser demandado, o chefe do Legislativo pode encaminhar uma consulta à CCJ ou à procuradoria do Parlamento, ou, simplesmente, não dar seguimento à proposição, explica a assessoria técnica. O petista justifica que a água, por “ser essencial à vida das pessoas”, deve ficar sob controle do Estado, submetida a uma “visão estratégica que sobreponha o interesse público ao econômico”. O relator da matéria na comissão que a rejeitou, Mano Changes, argumenta que a PEC restringe a possibilidade de investimentos privados em saneamento no Estado, pois exige, nos casos em que o serviço é executado por sociedades de economia mista, que o controle acionário esteja nas mãos do Poder Público municipal ou estadual, que deve ter no mínimo 51% do capital social e 51% total do capital votante da empresa.
“Os grandes investidores vão preferir os outros estados, que não têm esta exigência”, argumenta. “O orçamento anual da Corsan (Companhia Riograndense de Saneamento) é de R$ 130 milhões. O Ministério das Cidades diz que o Estado precisa de R$ 12 bilhões para universalizar o serviço de saneamento”, diz o deputado do PP, estimando “um prazo muito longo” para a universalização do serviço de esgotamento sanitário se depender apenas de recursos públicos. “Não somos contra a Corsan. Queremos que ela seja forte e transparente e possa concorrer com a iniciativa privada”, pondera.
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