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PALÁCIO PIRATINI

- Publicada em 07 de Março de 2012 às 00:00

Orçamento Participativo será implantado neste ano


ANA PAULA APRATO/JC
Jornal do Comércio
O Palácio Piratini projeta para este ano a implantação do Sistema Estadual de Participação Popular e Cidadã. A iniciativa inclui diversos processos de democracia participativa, como o Orçamento Participativo (OP), os Conselhos Setoriais, o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (Conselhão), os Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes), interiorizações, Gabinete Digital e a Consulta Popular.
O Palácio Piratini projeta para este ano a implantação do Sistema Estadual de Participação Popular e Cidadã. A iniciativa inclui diversos processos de democracia participativa, como o Orçamento Participativo (OP), os Conselhos Setoriais, o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (Conselhão), os Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes), interiorizações, Gabinete Digital e a Consulta Popular.
O novo processo de contato do Executivo com a sociedade começa em abril com a discussão do orçamento de 2013, por meio de audiências públicas nas regiões. Em julho, acontece a Votação de Prioridades, novo nome dado à Consulta Popular. A expectativa do Executivo é, através de diversos mecanismos de interação com a população, avançar no modelo de participação utilizado em outras gestões.
O Orçamento Participativo - utilizado em nível estadual no governo petista de Olívio Dutra (1999-2002) e suspenso desde a posse de Germano Rigotto (PMDB), em 2003 - seria um dos pilares do Sistema Estadual de Participação. Porém, o governo ainda não diz claramente quando o OP será retomado.
Em nota enviada ontem ao Jornal do Comércio, a Secretaria do Planejamento, Gestão e Participação Cidadã informa que o sistema irá representar “um modelo que preserva elementos essenciais do OP” (leia a nota abaixo).
“No primeiro ano de governo, fizemos um amplo processo de discussão, resgatando os interlocutores que legitimaram as diversas formas de participação, o que resultou em um modelo que preserva elementos essenciais do OP: plenárias municipais com eleições de delegados, a discussão de todos os recursos do orçamento, e ainda a Consulta Popular, com votação direta da população na definição das prioridades regionais, o que garante a combinação das ferramentas de participação presencial, virtual e a Consulta”, explica a nota, assinada pelo secretário João Motta (PT).
Se as plenárias do OP não forem retomadas neste ano, o Executivo executará três orçamentos sem a contribuição do Orçamento Participativo - 2011, 2012 e 2013 - as discussões do ano que vem vão definir o orçamento de 2014.
Ainda que o Executivo não apresente um cronograma para a execução do ciclo do OP, petistas ainda têm expectativa de que a iniciativa seja retomada. Em entrevista publicada na segunda-feira pelo JC, o ex-secretário de Estado de assessoramento superior do governador Flavio Koutzii observou que o OP ainda é dívida do governo Tarso Genro (PT). Outros quadros como o presidente estadual da legenda, Raul Pont (PT), também sustentam que o Orçamento Participativo tem de ser retomado pela gestão.
Apesar das cobranças, a Secretaria do Planejamento sustenta que o Sistema de Participação é resultado “de um processo muito amadurecido de discussão” e que atende à demanda de diferentes setores da sociedade gaúcha.
“As dúvidas e inquietações que existiam em relação ao compromisso do governo do Estado com a participação estão encaminhadas, porque o governo teve disposição em dialogar e construir esse sistema ouvindo a todos, incluindo as instâncias representativas dos Coredes, conselhos, conferências, universidades e instituições que tradicionalmente estão relacionadas aos processos de participação”, aponta a nota.
Leia a nota

O Governo do Estado, reconhecendo a necessidade de avançar em um posicionamento sobre o seu compromisso com o resgate do Orçamento Participativo e das demais experiências de participação, como a Consulta Popular - mas também entendendo a necessidade de propor avanços na participação política da população sobre as decisões orçamentárias, apresentou em fevereiro uma Nota Diretriz. Este documento aprova o processo participativo de construção do Orçamento do Estado a partir de 2012. No primeiro ano de governo, fizemos um amplo processo de discussão, resgatando os interlocutores que legitimaram as diversas formas de participação, o que resultou em um modelo que preserva elementos essenciais do OP: plenárias municipais com eleições de delegados, a discussão de todos os recursos do Orçamento, e ainda a Consulta Popular, com votação direta da população na definição das prioridades regionais, o que garante a combinação das ferramentas de participação presencial, virtual e a Consulta.

O início deste segundo ano de Governo será marcado pela implementação do nosso Sistema Estadual de Participação Popular e Cidadã, que aprofunda e amplia as diversas formas de participação. As dúvidas e inquietações que existiam em relação ao compromisso do Governo do Estado com a participação estão encaminhadas, porque o Governo teve disposição em dialogar e construir esse Sistema ouvindo a todos, incluindo as instâncias representativas dos Coredes, Conselhos, Conferências, universidades e instituições que tradicionalmente estão relacionadas aos processos de participação. O Governo está, portanto, encaminhando o resultado de um processo muito amadurecido de discussão. Com isso, avançamos no propósito de que o processo de decisão e controle orçamentários contemple diversas instâncias, como o CDES, Gabinete Digital e as Interiorizações.

Este novo processo de discussão do Orçamento começa agora em abril, com audiências públicas regionais, e terá seqüência até julho com a Votação de Prioridades. Até lá, o Governo trabalha internamente junto às Secretarias para preparar a construção da matriz orçamentária, organizando o mapa de aplicação dos recursos por região, incluindo as ações da Corsan e CEEE, e instituindo os Fóruns Regionais de representação do Governo em todas as regiões.

É um modelo sistêmico, constituído de várias instâncias e momentos de debate. Pela dinâmica deste Governo, que pretende estar em vários lugares ao mesmo tempo, de várias formas, e considerando um mundo com tantas complexidades de interação e comunicação, estaríamos distanciando a população da gestão pública se decidíssemos por um único caminho.

João Motta, Secretário do Planejamento, Gestão e Participação Cidadã

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