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Palácio Piratini

- Publicada em 12 de Abril de 2011 às 00:00

Sandra quer ser primeira-dama atuante no Rio Grande do Sul


ANA PAULA APRATO/JC
Jornal do Comércio
O dilema entre acompanhar o marido e dedicar-se à profissão é assunto que percorreu quase todo o século XX e chega, com mais força ainda, no século XXI. Agora, as mães têm que se dividir entre o marido, o trabalho fora de casa e os filhos. No filme Suplício de uma saudade, os consagrados William Holden e Jennifer Jones - ele jornalista e ela uma médica euro-asiática trabalhando em hospital de Hong Kong, então colônia inglesa - se debatem entre a profissão e o amor. Venceu a profissão, mas Holden morre cobrindo a guerra da Coreia, ocorrida entre 1950 e 1953. Médica, Sandra Genro só assumiu, de fato, a função de primeira-dama agora, após aposentar-se, e quando o marido, Tarso Genro (PT), chegou ao governo do Estado. Ela quer produtividade em seu gabinete. Abdicou da figura decorativa da primeira-dama de alguns momentos anteriores. Sandra quer interagir com todas as secretarias em prol de ações específicas, independentemente de protocolos. O que disso resultará, é cedo para se avaliar. Mas se depender, literalmente, do experiente olhar radiológico dela, o diagnóstico será preciso. A partir dele - e das fotos -, algumas ou muitas moléstias sociais, crônicas ou epidêmicas, poderão ser erradicadas do Rio Grande do Sul.
O dilema entre acompanhar o marido e dedicar-se à profissão é assunto que percorreu quase todo o século XX e chega, com mais força ainda, no século XXI. Agora, as mães têm que se dividir entre o marido, o trabalho fora de casa e os filhos. No filme Suplício de uma saudade, os consagrados William Holden e Jennifer Jones - ele jornalista e ela uma médica euro-asiática trabalhando em hospital de Hong Kong, então colônia inglesa - se debatem entre a profissão e o amor. Venceu a profissão, mas Holden morre cobrindo a guerra da Coreia, ocorrida entre 1950 e 1953. Médica, Sandra Genro só assumiu, de fato, a função de primeira-dama agora, após aposentar-se, e quando o marido, Tarso Genro (PT), chegou ao governo do Estado. Ela quer produtividade em seu gabinete. Abdicou da figura decorativa da primeira-dama de alguns momentos anteriores. Sandra quer interagir com todas as secretarias em prol de ações específicas, independentemente de protocolos. O que disso resultará, é cedo para se avaliar. Mas se depender, literalmente, do experiente olhar radiológico dela, o diagnóstico será preciso. A partir dele - e das fotos -, algumas ou muitas moléstias sociais, crônicas ou epidêmicas, poderão ser erradicadas do Rio Grande do Sul.

Anonimato

Sandra Krebs Genro saiu do anonimato político bem tarde. Avó com 38 anos, Sandra causava espanto, pela sua juventude, quando saía com o pequeno neto Fernando, hoje com 23 anos, filho de Luciana. A outra filha, Vanessa, seguiu também a medicina e é ginecologista e obstetra, mas não tem filhos. Fiel à profissão, Sandra procurou focar-se na medicina. "Não dava para ser médica radiologista e atuar como primeira-dama. Agora, quando ele foi ministro da Justiça, em Brasília, aposentada e com tempo, descobri o amor pela fotografia," explica. Como primeira-dama ela poderia ter atuado antes, em Porto Alegre, quanto ele foi prefeito. Mas, obstinada, mantinha sua rotina profissional. Há quem diga que aquele a quem amamos é, justamente, aquele que nos limita. Pode ser, mas Sandra tinha um objetivo, e a medicina, na especialidade que escolheu, era a sua tarefa pública e particular. Agora, da imagem radiológica partiu para as imagens da fotografia arte, natureza, descoberta, beleza, prova e lembrança.

Fotografia

"Sandra, deixaste de fotografar as pessoas por dentro e, agora, vai fotografá-las por fora!" A frase é de Tarso Genro quando soube da nova vocação da sua mulher, Sandra, após aposentar-se como médica. Tanto é assim que a primeira-dama do Estado quer transformar o Palacinho, local de trabalho e até moradia de um ou outro vice-governador, em um centro cultural, uma referência em fotografias. A Associação dos Amigos do Palacinho está sendo revitalizada, houve exposição e leilão de fotos com boa presença e a ideia é que todo o Rio Grande do Sul, não apenas as tradicionais Serra e Missões, fique na mira das lentes profissionais e amadoras. "O Rio Grande tem muito para ser fotografado", entusiasma-se Sandra, elegante e jovialmente vestida na sala de trabalho no Palacinho, eis que o vice-governador Beto Grill tem espaço próprio junto ao governador Tarso.

Romantismo

O bolero Solamente una vez poderia sintetizar o romance entre Sandra e Tarso. Afinal, começaram a namorar quando ela tinha 15 anos e ele 17, em Santa Maria. Segundo a letra da famosa música, "somente se entrega a alma para o amor uma vez na vida, com toda a renúncia". Namoraram, noivaram e se casaram. E Sandra, casada, teve que renunciar à presença do marido. Quando a primeira filha, Luciana, tinha três meses, Tarso foi para Rivera, no Uruguai, como exilado político. "Voltei a morar com meus pais e ia todos os fins de semana a Livramento/Rivera para vê-lo. Meu passatempo de adolescente em Santa Maria era namorar o Tarso", sintetiza Sandra. Formou-se médica lá mesmo e, depois, atuou 30 anos, em dois períodos, no Hospital de Clínicas.

Idade

A idade que tem, não aparenta. Esse é o elogio mais clássico para uma mulher, seja ou não primeira-dama. Mas é verdade. Ela está na moda, sem modismos. A elegância ajuda mais para que não aparente os anos bem vividos, desde Santa Maria, passando por Porto Alegre e Brasília, cidades onde mais esteve. Segue a moda em geral, o que lhe cai bem, pois não precisa remoçar. O Palacinho tem uma nova ocupante que não é vice de nada, nem do governador Tarso. Nessa tarefa de conduzir ações na área social, a lufada de novas ideias ajudará. Sandra Genro chegou, fez ecografias, ressonâncias magnéticas, raio-x e uma densitometria óssea dos problemas públicos do Estado e sentenciou: vamos trabalhar em apoio, ao lado de ações das secretarias.

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