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participação

- Publicada em 25 de Março de 2011 às 00:00

Congresso da Cidade discutirá o futuro de Porto Alegre


ANA PAULA APRATO/JC
Jornal do Comércio
Depois de oito anos da última edição do Congresso da Cidade, a prefeitura da capital aproveitou as comemorações da 52ª Semana de Porto Alegre para relançar o evento, que está em sua quinta edição. No centro dos debates está o planejamento do futuro da cidade, até 2022.
Depois de oito anos da última edição do Congresso da Cidade, a prefeitura da capital aproveitou as comemorações da 52ª Semana de Porto Alegre para relançar o evento, que está em sua quinta edição. No centro dos debates está o planejamento do futuro da cidade, até 2022.
Esse é o objetivo síntese do congresso desde que foi criado em 1993 e, como as cidades estão em transformação constante, o comitê gestor do evento avalia que, na medida em que os desafios para o futuro se renovam, exigem ações e soluções permanentes dos agentes públicos, cidadãos, universidades, entidades empresarias e de classe, ONGs e igrejas.
A pluralidade, a participação e a utilização das novas tecnologias devem ser a base do 5º Congresso da Cidade, lançado oficialmente nesta quinta-feira no auditório do Ministério Público do Estado. Para dar a dimensão histórica e caracterizar a abordagem multissetorial e pluripartidária, foram convidados ex-prefeitos de Porto Alegre, vereadores, representantes dos cidadãos, dirigentes de entidades acadêmicas e do meio empresarial.
O ex-prefeito petista Raul Pont (1997-2000), que durante sua gestão como vice de Tarso Genro (1993-1996) realizou as duas primeiras edições do Congresso da Cidade, destacou que o evento é mais um passo no processo de concretização da soberania popular. "É elemento de uma compreensão da democracia participativa que queremos consolidar e aperfeiçoar."
Lembrou a limitação da expressão popular em períodos de autoritarismo no País e citou a Constituição ao mencionar o desafio de fazer valer a vontade dos cidadãos. "O poder emana do povo. Por isso, é tão importante o Congresso da Cidade."
O atual prefeito José Fortunati (PDT), que já integrou os quadros petistas, enfatizou que a pluralidade de pensamentos é uma virtude do congresso. "Não significa que por estarmos no mesmo auditório tenhamos a mesma visão de cidade. Estamos aqui porque queremos contribuir. Vamos olhar o passado, refletir sobre o presente e projetar o melhor futuro possível para todos nós."
Representando a comunidade, a conselheira do Orçamento Participativo (OP) Maria Deloi Silveira Cardoso ressaltou a importância da participação dos cidadãos na formulação das ações de governos.
"Políticas públicas é o que mais se precisa e o que menos se tem. Para que o governo possa fazer, a comunidade tem que se empoderar. Nós precisamos nos apropriar daquilo que é nosso."
A presidente da Câmara de Porto Alegre, Sofia Cavedon (PT), informou que o Legislativo municipal já está se organizando para participar do congresso. "A Câmara é uma grande ouvidoria da cidade, para debater alternativas e soluções aos problemas." A vereadora lembrou que a Capital tem tradição na participação popular. "Porto Alegre com a sua participação nos inscreveu no mundo com quatro edições do Fórum Social Mundial."
O secretário municipal de Governança Local, Cezar Busatto (PMDB), ressaltou que o trabalho conjunto, independentemente de opção ideológica, é fundamental. "Queremos reforçar o espírito de cooperação e de corresponsabilidade. Não significa abrir mão das nossas convicções, mas trabalhar aquilo que temos em comum. Cuidar de Porto Alegre."
Primeiro prefeito petista da Capital, Olívio Dutra (1989-1992), que instituiu o processo de Orçamento Participativo, enfatizou a valorização das instâncias populares nos espaços de decisão.
"Que bom que o processo germinou. Foi uma semeadura feita por várias mãos. Fico contente de ver lideranças comunitárias, mulheres e homens, de diferentes setores e condições, com a compreensão de que a cidade somos nós."
Também prestigiaram o lançamento do 5º Congresso da Cidade os ex-prefeitos Guilherme Socias Villela (1975-1983), na época da Arena; João Dib (1983-1985), que integrava o PDS, e José Fogaça (2005-2010), do PMDB. Não compareceram o pedetista Alceu Collares (1986-1988) e os petistas Tarso Genro (1993-1996/2001-2002) e João Verle (2002-2004).
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