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Governo do Estado

- Publicada em 14 de Janeiro de 2011 às 00:00

Clima de otimismo marca a posse de Pedro Osório


CACO ARGEMI/PALÁCIO PIRATINI/JC
Jornal do Comércio
A posse do novo presidente da Fundação Cultural Piratini (TVE e FM Cultura), jornalista Pedro Luiz Osório (PT), ocorreu nesta quinta-feira à tarde em um ambiente de grande otimismo entre os servidores. A solenidade, amplamente prestigiada por autoridades e profissionais da comunicação, lotou o estúdio principal da TVE, no Morro Santa Tereza, em Porto Alegre.
A posse do novo presidente da Fundação Cultural Piratini (TVE e FM Cultura), jornalista Pedro Luiz Osório (PT), ocorreu nesta quinta-feira à tarde em um ambiente de grande otimismo entre os servidores. A solenidade, amplamente prestigiada por autoridades e profissionais da comunicação, lotou o estúdio principal da TVE, no Morro Santa Tereza, em Porto Alegre.
O governador Tarso Genro (PT) destacou a trajetória de Pedro Osório e afirmou que o jornalista "está preparado para conduzir a reformulação da Fundação Cultural Piratini". Os funcionários se queixam de a gestão anterior ter sucateado e abandonado as emissoras, mas veem com entusiasmo a posse de Osório, que até então ocupava a presidência do Conselho Deliberativo da Fundação, acumulando conhecimento sobre os problemas e as necessidades da estatal.
O novo presidente disse que dedicará sua gestão à memória do jornalista Daniel Herz. Osório chega com o desafio de reformular a grade de programação e contornar o déficit de pessoal, gerado a partir de uma decisão da Justiça do trabalho que determinou a exoneração de 20 cargos em comissão (CCs) em dezembro.
Emergencialmente será firmada uma parceria com a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) para a transmissão de conteúdo. "Isso deve se definir na semana que vem. Esperamos que a EBC possa nos oferecer um valor que seja adequado às limitações que temos no momento. Também vamos precisar reivindicar uma contratação provisória até que se faça o concurso público", afirma Osório.
O novo presidente da Fundação Cultural Piratini projeta que em três meses já será possível contar com um cenário mais positivo em relação à produção local. "Começaremos a pensar novos programas. Assim que equilibrarmos a situação administrativo-financeira, vamos trabalhar com o conteúdo local e regional", avalia.
O jornalista ainda não estudou qual percentual da grade será reservado ao conteúdo local, mas adianta que a ideia é valorizar a pluralidade. "Deve ser uma programação que não se feche na região, nem no Brasil, mas que permita ao País se reconhecer e nos aproxime de outros povos do mundo que não estão na mídia tradicional. Conhecemos menos o Uruguai do que os Estados Unidos ou Europa", constata.
Além dos espaços para o telejornalismo, a nova direção vai investir em outras alternativas de produção. "Precisamos produzir narrativas que não sejam necessariamente a jornalística, como as ficcionais ou documentais, mas que também retratem a realidade e a vida a nossa volta."
Também está no horizonte da futura gestão constituir parcerias e apoios culturais, além de um possível pedido de suplementação orçamentária, para viabilizar as produções da TVE e da FM Cultura. "Vamos buscá-los, assim que a diretoria estiver estruturada e forem definidos os critérios junto com o Conselho Deliberativo, que passa a ter atuação que não vinha tendo nos últimos anos". A proposta é que toda a grade seja submetida ao conselho, que tem inclusive poder de veto a programas.
Essa posição traz outra perspectiva na relação, antes conflituosa, entre o conselho e o comando da estatal. Uma prova de que isto já começa a valer na prática é a indicação do jornalista Alexandre Leboutte, representante dos funcionários, para a vice-presidência do Conselho Deliberativo. "A situação está distensionada. Fui avalizado pelo conselho integralmente e a fundação vai fazer o que já devia ter feito: oferecer ao conselho funcionamento com toda a infraestrutura necessária", assegura o presidente.
O respeito aos servidores é referido com entusiasmo por Leboutte. "Se estabeleceu uma boa relação com os funcionários. O ambiente é de otimismo. Há muitas carências, mas se percebe que esta gestão tem intenção de fortalecer as duas emissoras", afirma. Leboutte destaca que, do ponto de vista técnico, é prioritário iniciar o projeto de digitalização da TVE e começar a se discutir o processo na FM Cultura.
A secretária de Comunicação e Inclusão Digital, jornalista Vera Spolidoro, lembrou que o rumo da Fundação Piratini integrou os debates desde o começo do processo eleitoral. "Havia uma preocupação constante com o seu futuro. É com este espírito que o governador e eu estaremos atentos a tudo que acontece aqui na Fundação."
Também marcaram presença o secretário estadual da Cultura, escritor Luiz Antonio de Assis Brasil, a prefeita de Porto Alegre em exercício, Sofia Cavedon, o presidente da Associação Riograndense de Imprensa, Ercy Pereira Torma, e o presidente da Federação Nacional dos Jornalistas e da Federação dos Jornalistas da América Latina e do Caribe, Celso Schröder.
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