Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Transição no Piratini

- Publicada em 27 de Dezembro de 2010 às 00:00

Tarso Genro quer afinar diálogo com os aliados políticos


CLAUDIO FACHEL/JC
Jornal do Comércio
O governador eleito Tarso Genro (PT) convocará uma reunião com todo o seu secretariado nesta semana, que antecede a posse, para afinar a articulação com aliados. Integram sua base PT, PSB, PCdoB, PTB, PDT, PRB e PR.
O governador eleito Tarso Genro (PT) convocará uma reunião com todo o seu secretariado nesta semana, que antecede a posse, para afinar a articulação com aliados. Integram sua base PT, PSB, PCdoB, PTB, PDT, PRB e PR.
Apesar de considerar a votação sobre o projeto de reforma na estrutura do Executivo - aprovado na Assembleia Legislativa na semana passada - "um primeiro teste positivo", em que a "bancada esteve coesa", o petista quer evitar surpresas em 2011.
Por isso, planeja fazer ajustes políticos, já que tem observado "estremecimentos" na relação com a base, especialmente na bancada do PSB, sigla do vice-governador eleito Beto Grill.
O deputado estadual Miki Breier (PSB) manifestou publicamente seu descontentamento com o espaço da sigla no primeiro escalão. Breier fez o desabafo após a confirmação do professor Cleber Prodanov para o comando da Secretaria Estadual de Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico. O deputado do PSB almejava a pasta.
Tarso pretende dialogar diretamente com seus futuros secretários, que atuarão também como representantes dos partidos na relação com o futuro governo. "Eles terão a responsabilidade de, não só discutir permanentemente com a sua bancada, como também orientá-la", projeta.
"Quando falar com o Beto Albuquerque (futuro titular da Infraestrutura), estarei falando com o PSB. Quando falar com Jussara Cony (que comandará o Meio Ambiente), estarei falando com o PCdoB. Quando falar com (Carlos) Pestana (confirmado na chefia da Casa Civil), estarei falando com PT", exemplificou o novo chefe do Executivo estadual.
Nos encontros que manterá com os secretários, como o que será realizado nesta semana, o governador eleito vai buscar saber se pode contar com todos os deputados da sigla aliada. Ele deseja ter o apoio das bancadas da base, de forma "disciplinada e coesa". E entende que, quando a adesão não for integral, a influência da sigla no governo será proporcional ao apoio no Parlamento.
"Não significa que os projetos do governo não possam ser discutidos. Inclusive, pretendemos, sempre que forem temas estratégicos, debater antes com os partidos que compõem a base do governo. Agora, as bancadas não podem ser um elemento de sinalização de descontentamento do partido. Isso tem que ser traduzido internamente antes, e não depois, no processo de votação."
Tarso pretende manter em sua gestão o hábito de se reunir com os aliados para evitar que as divergências sejam colocadas publicamente apenas em plenário, no momento da apreciação de projetos do Executivo.

Coalizão do presidente Lula é considerada modelo

O governador eleito Tarso Genro (PT) busca aplicar no Estado a linha do presidente Lula (PT), que fez um governo de coalizão. Ao comentar alianças partidárias, ele admite que "a realidade do País é muito mais complexa do que aquela visão que tínhamos no início da nossa história". Ou seja, "a ideia de um ‘campo popular' de um lado e ‘uma direita conservadora' de outro, não basta para governar". Assim, Tarso justifica o fato de o PT ter ao seu lado, em várias alianças nacionais, antigos adversários, como PP e PR. "Quando o PT dizia que esses partidos não compunham o campo democrático e popular era verdadeiro. E continua sendo. Só que hoje a capacidade de direção sobre o Estado não pode ser feita somente a partir do campo democrático e popular. Isso foi demonstrado pelo presidente Lula."
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO