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Transição no Piratini

- Publicada em 15 de Dezembro de 2010 às 00:00

Tarso explica diretrizes do governo para os novos secretários


CLAUDIO FACHEL/JC
Jornal do Comércio
O governador eleito Tarso Genro (PT) aproveitou o seminário realizado ontem com toda a equipe da futura administração estadual para frisar aos novos secretários os conceitos elementares nos quais sua gestão estará calcada.
O governador eleito Tarso Genro (PT) aproveitou o seminário realizado ontem com toda a equipe da futura administração estadual para frisar aos novos secretários os conceitos elementares nos quais sua gestão estará calcada.
Foi a primeira vez que o petista delineou publicamente aos 28 integrantes do primeiro escalão o modo como deseja que os trabalhos sejam conduzidos durante seu mandato.
Espalhados pelo auditório do salão de eventos do Plaza São Rafael, no Centro de Porto Alegre, os titulares das pastas ouviram atentamente as palavras de Tarso. Quando o governador eleito discursou, logo no início do evento, o silêncio reinou no ambiente - quebrado apenas por risos provocados pelas piadas do futuro chefe do Executivo gaúcho.
Mas enquanto os outros painelistas falavam do púlpito, alguns secretários deixaram o recinto para tomar um cafezinho ou conversar com assessores na antessala do auditório. O barulho gerado pelo entra e sai chegou a incomodar quem estava prestando atenção no seminário, e a porta que divide as salas precisou ser fechada.
Tarso deixou bem claro como deseja que seus subordinados atuem. Em um recado ao PTB e ao PDT - legendas que ocuparão seis pastas e passaram a integrar a Unidade Popular depois das eleições -, disse que os secretários serão interlocutores do Palácio Piratini junto à Assembleia Legislativa.
O petista pregou calma no trato com possíveis impasses no decorrer do mandato. "Temos a obrigação de não dramatizar as crises, porque isso é um sinal de incompetência política", orientou.
E alertou que o formato de gestão a ser implementado exige que todas as partes envolvidas cedam em alguns aspectos. "Precisamos fazer renúncias em um governo de coalizão."
Não será por falta de material de apoio que os integrantes do novo governo deixaram de implementar o modelo de administração pretendido. Logo na entrada do seminário - intitulado "Democracia e Gestão: Bases conceituais para o alinhamento estratégico do novo governo" -, cada participante recebeu uma pasta com 133 folhas.
Entre os documentos constavam diretrizes redigidas por Tarso, reportagens e documentos com orientações sobre políticas públicas, e uma cópia do programa de governo. Além da leitura distribuída ao público, três intelectuais palestraram sobre temas densos, em uma linguagem acadêmica, durante cerca de meia hora cada um.
O primeiro a falar foi o ministro Marco Aurélio Garcia, assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais. Ele abordou a conjuntura política e econômica do País, traçando perspectivas para 2011, e ainda pincelou observações sobre o contexto internacional.
Em seguida, o economista Ladislau Dowbor falou sobre planejamento, participação e cidadania, sendo sucedido pelo cientista político Giuseppe Cocco, que discursou sobre trabalho imaterial e inclusão digital.
Às 9h30min de hoje, o sociólogo Marco Aurélio Ruediger palestra sobre gestão pública. Ainda na parte da manhã, os secretários formam grupos de trabalho sobre assuntos específicos.
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