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Prefeitura Municipal

- Publicada em 30 de Março de 2010 às 00:00

Fortunati é o prefeito de Porto Alegre


Gabriela Di Bella/JC
Jornal do Comércio
O prefeito de Porto Alegre, José Fogaça (PMDB), antecipou para ontem à tarde a cerimônia de transição do governo - a solenidade estava marcada para a manhã de hoje.
O prefeito de Porto Alegre, José Fogaça (PMDB), antecipou para ontem à tarde a cerimônia de transição do governo - a solenidade estava marcada para a manhã de hoje.
Fogaça deixa o Executivo municipal para concorrer ao Palácio Piratini - a Justiça Eleitoral exige que ocupantes de cargos na administração pública se desincompatibilizem do cargo seis meses antes das eleições. Ele terá o apoio do PDT, sigla do vice-prefeito, José Fortunati (PDT), que assume o cargo hoje. A legenda indicou o deputado federal Pompeo de Mattos (PDT) para ser vice na chapa peemedebista ao governo do Estado.
O ato de transição é apenas simbólico. Na prática, Fortunati assumiu a prefeitura. A posse será formalizada hoje, às 14h, na Câmara Municipal.
Durante a cerimônia de ontem, Fogaça teceu elogios ao seu sucessor. "Tomo essa decisão (de renunciar à prefeitura) por ter a certeza de que quem vai governar Porto Alegre tem total integridade e é querido pela cidade", afirmou.
O prefeito da Capital fez um balanço da sua gestão e disse que deixa o Executivo tranquilo porque os principais projetos para a Capital, como as obras para a Copa de 2014, já estavam sendo conduzidos pelo vice.
"Fortunati já possuía uma memória privilegiada e vai fazer de Porto Alegre uma cidade do futuro", apontou.
Sobre a renúncia, Fogaça classificou o momento como delicado, sensível e estratégico. Lembrou que foi através do acordo com o PDT, partido do vice, que decidiu sair da prefeitura.
Antecipando o tom de campanha, Fortunati retribuiu os elogios ao peemedebista. "Fogaça mostra que tem posição e atitude. Isso vai levá-lo ao governo", discursou, sob aplausos de caciques pedetistas e peemedebistas.
Ontem, o presidente da Câmara Municipal, Nelcir Tessaro (PTB), leu no início da sessão plenária a carta de renúncia de Fogaça, que deixa formalmente a prefeitura às 12h de hoje.

Atuação de Fortunati começou no movimento estudantil

Natural de Flores da Cunha (RS), José Fortunati tem 54 anos e é formado em Administração de Empresas e em Direito pela Ufrgs. Começou na política estudantil na universidade, em 1974. Bancário, foi presidente do sindicato da categoria, participou da fundação do Partido dos Trabalhadores (PT) e também comandou a CUT no Estado.
Em 1986, foi eleito deputado estadual pelo PT e participou do processo constituinte, para a elaboração da Carta do Rio Grande do Sul. Quatro anos depois foi para a Câmara dos Deputados, sendo reeleito em 1994.
Deixou seu mandato em 1996 para concorrer como vice-prefeito de Porto Alegre, ao lado de Raul Pont (PT). Esperava ser o candidato do PT para a sucessão em 2000. Como não foi, concorreu a vereador, sendo o mais votado, e deixou a sigla em 2001. Filiou- se ao PDT, partido pelo qual comandou a Secretaria de Educação do Estado, na gestão de Germano Rigotto (PMDB), e a Secretaria do Planejamento de Porto Alegre, na primeira gestão de José Fogaça (PMDB).
Eleito vice-prefeito em 2008, Fortunati é também secretário especial da Copa do Mundo de 2014, atividade que acumulará com a de prefeito de Porto Alegre.

Vereadores discutem carta de renúncia de José Fogaça

A carta de renúncia do prefeito de Porto Alegre, José Fogaça (PDT), foi o principal tema de discussão da sessão de ontem da Câmara Municipal. O prefeito, que deixa o cargo para concorrer ao Palácio Piratini, foi alvo de críticas da oposição, que o acusou de "abandonar a cidade".
Logo após a leitura do documento - que não passa por votação por ser uma decisão unilateral do chefe do Executivo -, os parlamentares ouviram manifestação do vereador Carlos Comassetto (PT). O líder da oposição leu nota que critica o governo Fogaça por "descalabro administrativo". Após manifestação de Comassetto, a bancada de situação saiu em defesa do prefeito.
Para o vereador Reginaldo Pujol (DEM), houve um "desfile de pronunciamentos buscando desqualificar a figura de Fogaça" por conta das eleições.
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