Ítalo Pita
Nos últimos anos, a habitação deixou de ser tratada apenas como uma pauta restrita ao campo da infraestrutura. Hoje, ela se consolida como um dos eixos centrais de inclusão social, desenvolvimento humano e motor de transformação econômica. No Rio Grande do Sul, essa discussão ganha contornos ainda mais relevantes diante dos desafios impostos pela reconstrução recente e pela urgência em assegurar moradia digna, segura e estável a quem mais necessita desse direito básico.
Hoje, observamos um mercado mais sólido, com sinais consistentes de retomada. Essa estabilidade tem origem em medidas estruturais que ampliam o acesso ao crédito, como a criação da Faixa 4 no programa Minha Casa, Minha Vida. Com ela, famílias com renda de até R$ 12 mil passaram a contar com melhores condições de financiamento de imóveis — uma faixa antes desassistida, entre o público tradicional do programa e o mercado convencional.
Paralelamente, ações locais de incentivo, como o programa Porta de Entrada, vêm cumprindo um papel fundamental no estímulo à compra da casa própria. A iniciativa, ao subsidiar parte do valor de entrada, tem facilitado o acesso de milhares de famílias à moradia. Seus resultados positivos demonstram não apenas a eficácia do programa, mas também seu potencial de se consolidar como política pública duradoura, com impactos de longo prazo. Ao mesmo tempo em que impulsiona a economia, contribui diretamente para a redução do déficit habitacional, sobretudo em regiões marcadas por maior vulnerabilidade social.
Na MRV, seguimos comprometidos com esse avanço. Em 2025, lançaremos oito novos empreendimentos no estado, totalizando 2,3 mil unidades em Porto Alegre, Canoas e São Leopoldo. É o maior investimento da companhia na região Sul este ano. Só no primeiro semestre, foram quase mil apartamentos vendidos no RS, reflexo de um mercado que, mesmo diante dos desafios recentes, mostra força e resiliência.
O momento, portanto, é de manter o ritmo e ampliar as conquistas. O acesso à moradia de qualidade deve permanecer como prioridade nacional, sustentado por um diálogo constante entre poder público, setor privado e sociedade. Somente assim será possível construir soluções duradouras e garantir que a habitação continue sendo não apenas um bem material, mas um verdadeiro vetor de inclusão e de cidadania.
Diretor comercial da MRV na Região Sul