Fabiano Piccoli
O chimarrão é uma bebida, mas também um símbolo de identidade, de pertencimento e de afeto. Está nas rodas de amigos, nas famílias reunidas, nas pausas do trabalho e até no silêncio de quem prefere um momento consigo mesmo. Essa tradição, tão enraizada na cultura gaúcha, segue firme e também evolui, sem nunca perder suas raízes.
Nesse ritual, a garrafa térmica ganha um papel central. Afinal, é ela que guarda a água quente, sempre pronta para movimentar a roda, para acompanhar o churrasco ou para estar de um lado para o outro no dia a dia. Mais do que um objeto prático, a garrafa se tornou extensão do orgulho gaúcho: simples, funcional e ao mesmo tempo carregada de identidade.
Estar com a garrafa “embaixo do braço” é quase um gesto identitário. Quem cresceu no Sul sabe que ela acompanha o mate na lida, no intervalo da escola, na beira do campo de futebol e até nas longas viagens de estrada. Essa presença constante cria uma memória afetiva que atravessa gerações, transformando a garrafa em companhia silenciosa e essencial, tão indispensável quanto a própria cuia.
Com visual moderno, mas inspirada na tradição, ela une os mundos da memória e da inovação, que caminham juntos. As estampas que remetem à cultura gaúcha reforçam essa ligação afetiva, trazendo o campo, o mate e o laço para o cotidiano urbano. A estética conversa diretamente com quem carrega suas raízes com orgulho, mostrando que tradição e modernidade não precisam andar separadas.
A cuia, companheira inseparável, também segue presente nesse cenário, mas agora divide espaço com a garrafa como símbolo de pertencimento. Juntas, representam o ritual completo, onde a erva aquece a alma, a água mantém o calor e a roda companheira se forma em torno disso tudo.
Além do que é moda ou tendência, a garrafa térmica com identidade cultural reafirma um jeito de viver. É um elo entre passado e presente, entre o campo e a cidade, entre o gaúcho que viaja o mundo e o que segue firme em sua terra. Porque, no fim, não importa onde se esteja: levar a tradição embaixo do braço é levar o orgulho sempre junto.
Diretor Unidade de Utilidades Térmicas da Soprano