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Publicada em 09 de Setembro de 2025 às 18:00

O futuro é maduro e sem padrões

Lara Naccache Miranda, head de Marketing da Nestlé Health Science

Lara Naccache Miranda, head de Marketing da Nestlé Health Science

Divulgação/JC
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Lara Naccache Miranda
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Estamos vivendo mais. A população brasileira com 65 anos ou mais cresceu quase 60% em apenas 12 anos, segundo o Censo do IBGE. Hoje, cerca de 35 milhões de pessoas vivem essa fase da vida com mais autonomia e propósitos e só no último ano movimentaram cerca de R$ 2 trilhões na economia e esse número deve chegar a R$ 3,8 trilhões até 2044, segundo a Data8.
Envelhecer deixou de ser sinônimo de fragilidade e tem se tornado uma potência global. O Fórum Econômico Mundial de 2024 apontou a longevidade como motor de crescimento: políticas públicas, inovações e iniciativas voltadas à população 50+ podem impulsionar economias mais inclusivas e sustentáveis. A chamada “economia da longevidade” tende a crescer junto à expectativa de vida.
Apesar dos avanços, o etarismo ainda é naturalizado e silencioso. A OMS mostra que uma em cada duas pessoas no mundo tem atitudes discriminatórias em relação aos mais velhos. No Brasil, 73% dos com mais de 60 anos já se sentiram invisíveis em diferentes espaços, da publicidade ao trabalho.
A ascensão da inteligência artificial trouxe nova complexidade ao problema. IAs generativas replicam estereótipos e caricaturas da velhice, refletindo preconceitos sociais e ampliando-os em escala. Afinal, não é a tecnologia que discrimina, somos nós que a treinamos. A IA só será aliada quando representar a diversidade real das trajetórias de vida.
Como sociedade, precisamos criar referências mais plurais e realistas. Marcas têm papel essencial nessa transformação, indo além do que vendem: o que dizem, mostram e estimulam pode combater estigmas e abrir espaço para novas histórias.
Estamos diante de uma geração que pratica esportes, empreende, estuda, se reinventa. Envelhecer é inevitável, mas também pode ser sinônimo de protagonismo, saúde, liberdade e reinvenção. Precisamos compreender que isso só se torna realidade quando deixamos de associar a idade a limites, fragilidades e estereótipos ultrapassados - sejam eles digitais ou não.
Head de Marketing da Nestlé Health Science

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