Charluan Gamballe
Os EUA são o segundo maior destino das exportações do Brasil, com US$ 36 bilhões em 2024 (11% da pauta nacional). Mais de 60% são manufaturados, bens de capital e produtos de maior valor agregado, sensíveis à tarifa.
A perda de competitividade foi imediata. O repasse da alta de preços ao consumidor americano abriu espaço para concorrentes. Estimativas indicam queda de até 25% nas exportações brasileiras aos EUA, com perdas de até US$ 9 bilhões anuais. Há impactos no câmbio, custo de importações e estabilidade macroeconômica.
O cenário global fragmenta cadeias de valor. O Banco Mundial aponta que mais de 65% do crescimento global em 2024 veio de economias emergentes fora do eixo EUA-Europa, como Ásia-Pacífico e Oriente Médio. Isso exige discernimento estratégico do investidor brasileiro.
Emirados Árabes Unidos e Sudeste Asiático surgem como vetores de nova inserção global. Dubai é um hub logístico e financeiro, com localização estratégica e regimes fiscais competitivos. Em 2023, movimentou US$ 650 bilhões em comércio exterior e foi um dos 20 maiores destinos de investimento direto (UNCTAD).
A KPMG Middle East destaca: "os Emirados oferecem plataforma segura e neutra para empresas que desejam crescer globalmente, fugindo de tensões geopolíticas". Essa neutralidade é um ativo estratégico.
O Sudeste Asiático vive um ciclo virtuoso. Vietnã, Indonésia, Tailândia e Filipinas crescem acima de 5% ao ano, impulsionados por populações jovens e políticas industriais. O PIB combinado da ASEAN ultrapassa US$ 3,9 trilhões. Esses países demandam alimentos, grãos, proteína animal, metais e produtos acabados — pontos fortes do Brasil.
A taxação americana não encerra um ciclo, mas abre um novo mapa de oportunidades. Investidores brasileiros devem agir com visão global, estratégia e urgência inteligente para preservar competitividade e rentabilidade. O mundo mudou — e o capital brasileiro precisa ajustar sua rota. Quem se antecipa, colhe os melhores frutos.
CEO da GCS Capital
Os EUA são o segundo maior destino das exportações do Brasil, com US$ 36 bilhões em 2024 (11% da pauta nacional). Mais de 60% são manufaturados, bens de capital e produtos de maior valor agregado, sensíveis à tarifa.
A perda de competitividade foi imediata. O repasse da alta de preços ao consumidor americano abriu espaço para concorrentes. Estimativas indicam queda de até 25% nas exportações brasileiras aos EUA, com perdas de até US$ 9 bilhões anuais. Há impactos no câmbio, custo de importações e estabilidade macroeconômica.
O cenário global fragmenta cadeias de valor. O Banco Mundial aponta que mais de 65% do crescimento global em 2024 veio de economias emergentes fora do eixo EUA-Europa, como Ásia-Pacífico e Oriente Médio. Isso exige discernimento estratégico do investidor brasileiro.
Emirados Árabes Unidos e Sudeste Asiático surgem como vetores de nova inserção global. Dubai é um hub logístico e financeiro, com localização estratégica e regimes fiscais competitivos. Em 2023, movimentou US$ 650 bilhões em comércio exterior e foi um dos 20 maiores destinos de investimento direto (UNCTAD).
A KPMG Middle East destaca: "os Emirados oferecem plataforma segura e neutra para empresas que desejam crescer globalmente, fugindo de tensões geopolíticas". Essa neutralidade é um ativo estratégico.
O Sudeste Asiático vive um ciclo virtuoso. Vietnã, Indonésia, Tailândia e Filipinas crescem acima de 5% ao ano, impulsionados por populações jovens e políticas industriais. O PIB combinado da ASEAN ultrapassa US$ 3,9 trilhões. Esses países demandam alimentos, grãos, proteína animal, metais e produtos acabados — pontos fortes do Brasil.
A taxação americana não encerra um ciclo, mas abre um novo mapa de oportunidades. Investidores brasileiros devem agir com visão global, estratégia e urgência inteligente para preservar competitividade e rentabilidade. O mundo mudou — e o capital brasileiro precisa ajustar sua rota. Quem se antecipa, colhe os melhores frutos.
CEO da GCS Capital