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Publicada em 26 de Junho de 2025 às 14:00

O que você deixou de lado para se encaixar?

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Marlene Fernández del GranadoTodo 28 de junho marca a memória da Revolta de Stonewall, em 1969 — um grito de basta que mudou para sempre a história da luta LGBTQIA+. Foi dali que nasceu o Mês do Orgulho, não apenas como uma celebração de identidades, mas sim como um lembrete do valor de poder ser quem se é. A cada ano, surge a dúvida: como tornar esse momento relevante de novo? Mas talvez a pergunta deva ser outra. Talvez o mais importante seja lembrar por que essa história importa — não só para a comunidade LGBTQIA+, mas para todos nós.E isso não é só para a comunidade LGBTQIA+ — é para todo mundo. Em algum momento da vida, todos nós já mostramos versões diferentes de quem somos. Existe o “eu” do trabalho, o “eu” da família, o “eu” que mostramos nas redes sociais, aquele que adaptamos para caber em diferentes contextos. Aprendemos a atuar e, sem perceber, mudamos o tom de voz, o jeito de se vestir, falar e se comportar — tudo para pertencer, agradar e não causar desconforto. Às vezes, isso até ajuda: abre portas, cria conexões, nos faz sentir parte de algo que, naturalmente, não nos pertence. Mas, por dentro, cansa. Nos afasta de quem realmente somos. E, muitas vezes, nem percebemos o personagem que criamos para simplesmente sobreviver.Nada poderia descrever melhor essa reflexão profunda que nossa empresa fez neste Mês do Orgulho do que a campanha que lançamos com o nome "O valor de ser quem sou", com uma mensagem simples, mas contundente: na Arcos Dorados – McDonald’s para América Latina – todos têm o direito de ser quem são. Somos valorizados pelo nosso aporte no desempenho das nossas funções. Nossas diferenças de origem, gênero, orientação sexual, raça, religião, ou qualquer outra característica que nos torna diferentes, são vistas em nossa empresa como uma contribuição que enriquece nossa cultura corporativa, fortalece nossas equipes e nos impulsiona a ser melhores a cada dia.Entendemos o conceito de diversidade e inclusão não como uma tendência ou uma moda passageira, mas como um valor central; uma convicção que faz com que nossa organização não apenas funcione, mas floresça. Uma espécie de bússola interna que nos indica o que é importante, desejável ou correto em nossas vidas.Cada vez que um de nossos colaboradores decide se mostrar tal qual é, sem se editar, sem pedir permissão, não apenas adota uma posição pessoal, mas faz uma declaração de liberdade. Porque quando alguém se atreve a se mostrar tal qual é, não apenas se liberta, mas inspira outros a fazerem o mesmo.Isso é o que realmente simboliza para nós o Mês do Orgulho. Não uma bandeira, não uma tendência, mas o reconhecimento do direito das pessoas de viver e trabalhar com dignidade e a celebração do orgulho que sentimos por ser uma empresa onde nossa gente nunca será forçada a decidir qual parte de seu “eu” terá que deixar de fora para pertencer. Este não é um assunto de sexualidade, é um assunto de liberdade. E, em tempos em que tudo se polariza e opinar é mais fácil que ouvir, o maior ato de coragem é silencioso: ser você mesmo, mesmo não se encaixando no que é esperado.
Marlene Fernández del Granado

Todo 28 de junho marca a memória da Revolta de Stonewall, em 1969 — um grito de basta que mudou para sempre a história da luta LGBTQIA+. Foi dali que nasceu o Mês do Orgulho, não apenas como uma celebração de identidades, mas sim como um lembrete do valor de poder ser quem se é. A cada ano, surge a dúvida: como tornar esse momento relevante de novo? Mas talvez a pergunta deva ser outra. Talvez o mais importante seja lembrar por que essa história importa — não só para a comunidade LGBTQIA+, mas para todos nós.

E isso não é só para a comunidade LGBTQIA+ — é para todo mundo. Em algum momento da vida, todos nós já mostramos versões diferentes de quem somos. Existe o “eu” do trabalho, o “eu” da família, o “eu” que mostramos nas redes sociais, aquele que adaptamos para caber em diferentes contextos. Aprendemos a atuar e, sem perceber, mudamos o tom de voz, o jeito de se vestir, falar e se comportar — tudo para pertencer, agradar e não causar desconforto. Às vezes, isso até ajuda: abre portas, cria conexões, nos faz sentir parte de algo que, naturalmente, não nos pertence. Mas, por dentro, cansa. Nos afasta de quem realmente somos. E, muitas vezes, nem percebemos o personagem que criamos para simplesmente sobreviver.

Nada poderia descrever melhor essa reflexão profunda que nossa empresa fez neste Mês do Orgulho do que a campanha que lançamos com o nome "O valor de ser quem sou", com uma mensagem simples, mas contundente: na Arcos Dorados – McDonald’s para América Latina – todos têm o direito de ser quem são. Somos valorizados pelo nosso aporte no desempenho das nossas funções. Nossas diferenças de origem, gênero, orientação sexual, raça, religião, ou qualquer outra característica que nos torna diferentes, são vistas em nossa empresa como uma contribuição que enriquece nossa cultura corporativa, fortalece nossas equipes e nos impulsiona a ser melhores a cada dia.

Entendemos o conceito de diversidade e inclusão não como uma tendência ou uma moda passageira, mas como um valor central; uma convicção que faz com que nossa organização não apenas funcione, mas floresça. Uma espécie de bússola interna que nos indica o que é importante, desejável ou correto em nossas vidas.

Cada vez que um de nossos colaboradores decide se mostrar tal qual é, sem se editar, sem pedir permissão, não apenas adota uma posição pessoal, mas faz uma declaração de liberdade. Porque quando alguém se atreve a se mostrar tal qual é, não apenas se liberta, mas inspira outros a fazerem o mesmo.

Isso é o que realmente simboliza para nós o Mês do Orgulho. Não uma bandeira, não uma tendência, mas o reconhecimento do direito das pessoas de viver e trabalhar com dignidade e a celebração do orgulho que sentimos por ser uma empresa onde nossa gente nunca será forçada a decidir qual parte de seu “eu” terá que deixar de fora para pertencer. Este não é um assunto de sexualidade, é um assunto de liberdade. E, em tempos em que tudo se polariza e opinar é mais fácil que ouvir, o maior ato de coragem é silencioso: ser você mesmo, mesmo não se encaixando no que é esperado.
Vice-presidente Corporativa de Relações Governamentais e Líder do Comitê de Diversidade e Inclusão da Arcos Dorados, empresa que opera o McDonald's em 20 países da América Latina e Caribe

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