Nelsa Nespolo
O 5º Encontro Estadual da Unisol-RS, que ocorrerá em Porto Alegre nos dias 27 e 28 de junho, será mais do que um reencontro entre empreendimentos. Será um ato de resistência. Em um estado profundamente marcado pelas enchentes de 2024, que atingiram milhares de famílias e destruíram estruturas de trabalho e renda, reunir mais de 200 representantes da economia solidária é reafirmar que a solidariedade é, sim, um caminho viável para reconstruir a vida.
A economia solidária, por vezes invisibilizada nas políticas tradicionais, é uma alternativa concreta ao modelo excludente do mercado. Organizada em cooperativas, associações e redes, ela nasce da escassez, mas opera com abundância de afeto, coletividade e compromisso social. É trabalho autogestionado, que resiste a ciclos de crise e desigualdade por meio da cooperação.
O que vimos após a enchente foi devastador: galpões destruídos, caminhões arrastados, maquinário perdido. Mas, ao mesmo tempo, vimos também a força de uma rede que se mobilizou para garantir alimento, abrigo e dignidade aos seus integrantes. Vimos mulheres, que são maioria no movimento, manterem a esperança ativa em meio à lama. Isso não é pouco — é potência transformadora.
A presença de lideranças políticas e sociais no encontro, como o secretário nacional Gilberto de Carvalho, reforça que precisamos de políticas públicas de Estado, e não apenas de governo. Precisamos de financiamento, formação, estrutura e respeito. Precisamos que o Estado compreenda que investir na economia solidária é investir em resiliência social e econômica.
Estamos diante de uma oportunidade histórica de colocar em prática um modelo econômico baseado em princípios humanos. É hora de fortalecer as cadeias da reciclagem, da alimentação saudável, da confecção, do artesanato e das finanças comunitárias. É hora de mostrar que produzir com respeito às pessoas e ao meio ambiente não é utopia, é urgência.
Mais do que reconstruir o que foi destruído, queremos construir um futuro melhor — com trabalho digno, cooperação e sustentabilidade. Nossa rede é nossa força. E é com ela que seguiremos em frente.
Presidente da Unisol-RS e referência nacional e internacional em economia solidária.
O 5º Encontro Estadual da Unisol-RS, que ocorrerá em Porto Alegre nos dias 27 e 28 de junho, será mais do que um reencontro entre empreendimentos. Será um ato de resistência. Em um estado profundamente marcado pelas enchentes de 2024, que atingiram milhares de famílias e destruíram estruturas de trabalho e renda, reunir mais de 200 representantes da economia solidária é reafirmar que a solidariedade é, sim, um caminho viável para reconstruir a vida.
A economia solidária, por vezes invisibilizada nas políticas tradicionais, é uma alternativa concreta ao modelo excludente do mercado. Organizada em cooperativas, associações e redes, ela nasce da escassez, mas opera com abundância de afeto, coletividade e compromisso social. É trabalho autogestionado, que resiste a ciclos de crise e desigualdade por meio da cooperação.
O que vimos após a enchente foi devastador: galpões destruídos, caminhões arrastados, maquinário perdido. Mas, ao mesmo tempo, vimos também a força de uma rede que se mobilizou para garantir alimento, abrigo e dignidade aos seus integrantes. Vimos mulheres, que são maioria no movimento, manterem a esperança ativa em meio à lama. Isso não é pouco — é potência transformadora.
A presença de lideranças políticas e sociais no encontro, como o secretário nacional Gilberto de Carvalho, reforça que precisamos de políticas públicas de Estado, e não apenas de governo. Precisamos de financiamento, formação, estrutura e respeito. Precisamos que o Estado compreenda que investir na economia solidária é investir em resiliência social e econômica.
Estamos diante de uma oportunidade histórica de colocar em prática um modelo econômico baseado em princípios humanos. É hora de fortalecer as cadeias da reciclagem, da alimentação saudável, da confecção, do artesanato e das finanças comunitárias. É hora de mostrar que produzir com respeito às pessoas e ao meio ambiente não é utopia, é urgência.
Mais do que reconstruir o que foi destruído, queremos construir um futuro melhor — com trabalho digno, cooperação e sustentabilidade. Nossa rede é nossa força. E é com ela que seguiremos em frente.
Presidente da Unisol-RS e referência nacional e internacional em economia solidária.