Luiz Felipe Gheller
Doar tempo, dinheiro, expertise. Doar-se. Um verbo que carrega em si uma força transformadora. Quando doamos, tocamos o outro, mas também somos profundamente tocados. É um ato de reconhecimento!
É curioso notar como a ciência tem demonstrado o que muitos já sabiam: a generosidade faz bem também para quem pratica. Segundo a Universidade de Harvard, ações de solidariedade ativam áreas do cérebro associadas ao prazer, semelhantes às que são estimuladas quando comemos algo gostoso ou ouvimos uma música. Um estudo da Nature Communications revelou que pessoas altruístas têm níveis mais altos de felicidade. E uma pesquisa realizada com 846 adultos demonstrou que ajudar os outros regularmente reduz o impacto do estresse na mortalidade (Psychological Science). Em outras palavras, ao estender a mão, nos elevamos junto.
No Vakinha, o maior site de doações online da América Latina, testemunhamos essa verdade todos os dias. Já são mais de 13 milhões de doadores e 5,2 milhões de campanhas criadas. A cada ano, mais de 150 milhões de acessos movimentam cerca de 400 mil doações por mês e mais de duas mil novas vaquinhas por dia. É um ecossistema vivo de solidariedade — uma rede onde causas, pessoas, empresas e organizações se conectam para fazer o bem através da tecnologia.
Por trás dos números, há centenas de histórias que nos marcarão para sempre. Há um ano, uma campanha solidária que lideramos bateu recorde: de beneficiados e de benfeitores. Durante as enchentes que devastaram o estado, colocamos nossa expertise à disposição para conectar mais de 1,3 milhão de doadores que arrecadaram mais de R$ 130 milhões para ações emergenciais e de reconstrução. Gerenciamos os valores para ajudar mais de 700 instituições e organizações que canalizaram os recursos de forma transparente e assertiva.
Empresas têm um papel cada vez mais importante nesse cenário. Quando utilizam sua força para promover a cultura da doação internamente ou para se engajar em causas sociais, inspiram movimentos coletivos de transformação. A responsabilidade social, antes vista como um diferencial, hoje é uma exigência ética do nosso tempo.
Doar é um posicionamento. Um modo de estar no mundo. Um convite a participar de algo maior do que nós mesmos sem esperar nada em troca. Porque não importa a forma com a qual ajudamos: doar é sempre uma transformação — para quem recebe, para quem doa, e para a sociedade como um todo.
CEO do Vakinha