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Publicada em 09 de Junho de 2025 às 14:00

Governo compromete o futuro da sociedade gaúcha

Nelcir André Varnier, presidente do Sindicato dos Servidores de Nível Superior do Estado do RS (Sintergs)

Nelcir André Varnier, presidente do Sindicato dos Servidores de Nível Superior do Estado do RS (Sintergs)

Divulgação/JC
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Nelcir André VarnierO governo do RS alega falta de espaço fiscal para recompor as perdas salariais dos servidores do Executivo. Porém, ignora um dado incontestável: esses servidores acumulam perdas enormes, são 80% de inflação ao longo de mais de uma década. O achatamento corroeu o poder de compra e desvalorizou carreiras antes atrativas, afastando novos profissionais e impactando diretamente o desenvolvimento do RS.Enquanto isso, categorias como juízes, procuradores, defensores, fiscais e até o próprio governador e secretários recebem remunerações elevadas. São ilhas de privilégios no serviço público. A contradição aumenta quando lembramos que, sob Eduardo Leite, o salário mínimo regional teve um reajuste modesto. As valorizações são bem-vindas, mas mostram-se seletivas.Apesar do discurso oficial, o RS registrou superávit de R$ 4,8 bilhões no primeiro quadrimestre — R$ 1,3 bilhão a mais que em 2024. Dizer que não há recursos para recomposição salarial é incoerente. Trata-se de uma estratégia para confundir a população e esconder o impacto positivo nas contas públicas. Ou seja, há sim espaço fiscal para a recomposição.Sem perspectivas e com salários defasados, servidores qualificados — muitos com pós-graduação, mestrado e doutorado — deixam suas funções rumo a outros estados, ao Governo Federal ou à iniciativa privada. Essa “fuga de cérebros” prejudica a saúde, a segurança, a gestão fiscal, a agricultura e o desenvolvimento do RS. Na prática, a sociedade perde capacidade de resposta às suas necessidades.Um Estado inovador e competitivo precisa valorizar seus trabalhadores. O Governo, ao negar a reposição salarial, ignora a importância desses profissionais e compromete o futuro da sociedade gaúcha.
Nelcir André Varnier

O governo do RS alega falta de espaço fiscal para recompor as perdas salariais dos servidores do Executivo. Porém, ignora um dado incontestável: esses servidores acumulam perdas enormes, são 80% de inflação ao longo de mais de uma década. O achatamento corroeu o poder de compra e desvalorizou carreiras antes atrativas, afastando novos profissionais e impactando diretamente o desenvolvimento do RS.

Enquanto isso, categorias como juízes, procuradores, defensores, fiscais e até o próprio governador e secretários recebem remunerações elevadas. São ilhas de privilégios no serviço público. A contradição aumenta quando lembramos que, sob Eduardo Leite, o salário mínimo regional teve um reajuste modesto. As valorizações são bem-vindas, mas mostram-se seletivas.

Apesar do discurso oficial, o RS registrou superávit de R$ 4,8 bilhões no primeiro quadrimestre — R$ 1,3 bilhão a mais que em 2024. Dizer que não há recursos para recomposição salarial é incoerente. Trata-se de uma estratégia para confundir a população e esconder o impacto positivo nas contas públicas. Ou seja, há sim espaço fiscal para a recomposição.

Sem perspectivas e com salários defasados, servidores qualificados — muitos com pós-graduação, mestrado e doutorado — deixam suas funções rumo a outros estados, ao Governo Federal ou à iniciativa privada. Essa “fuga de cérebros” prejudica a saúde, a segurança, a gestão fiscal, a agricultura e o desenvolvimento do RS. Na prática, a sociedade perde capacidade de resposta às suas necessidades.

Um Estado inovador e competitivo precisa valorizar seus trabalhadores. O Governo, ao negar a reposição salarial, ignora a importância desses profissionais e compromete o futuro da sociedade gaúcha.
Presidente do Sindicato dos Servidores de Nível Superior do Estado do RS (Sintergs)

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