Nelcir André Varnier
O governo do RS alega falta de espaço fiscal para recompor as perdas salariais dos servidores do Executivo. Porém, ignora um dado incontestável: esses servidores acumulam perdas enormes, são 80% de inflação ao longo de mais de uma década. O achatamento corroeu o poder de compra e desvalorizou carreiras antes atrativas, afastando novos profissionais e impactando diretamente o desenvolvimento do RS.
Enquanto isso, categorias como juízes, procuradores, defensores, fiscais e até o próprio governador e secretários recebem remunerações elevadas. São ilhas de privilégios no serviço público. A contradição aumenta quando lembramos que, sob Eduardo Leite, o salário mínimo regional teve um reajuste modesto. As valorizações são bem-vindas, mas mostram-se seletivas.
Apesar do discurso oficial, o RS registrou superávit de R$ 4,8 bilhões no primeiro quadrimestre — R$ 1,3 bilhão a mais que em 2024. Dizer que não há recursos para recomposição salarial é incoerente. Trata-se de uma estratégia para confundir a população e esconder o impacto positivo nas contas públicas. Ou seja, há sim espaço fiscal para a recomposição.
Sem perspectivas e com salários defasados, servidores qualificados — muitos com pós-graduação, mestrado e doutorado — deixam suas funções rumo a outros estados, ao Governo Federal ou à iniciativa privada. Essa “fuga de cérebros” prejudica a saúde, a segurança, a gestão fiscal, a agricultura e o desenvolvimento do RS. Na prática, a sociedade perde capacidade de resposta às suas necessidades.
Um Estado inovador e competitivo precisa valorizar seus trabalhadores. O Governo, ao negar a reposição salarial, ignora a importância desses profissionais e compromete o futuro da sociedade gaúcha.
O governo do RS alega falta de espaço fiscal para recompor as perdas salariais dos servidores do Executivo. Porém, ignora um dado incontestável: esses servidores acumulam perdas enormes, são 80% de inflação ao longo de mais de uma década. O achatamento corroeu o poder de compra e desvalorizou carreiras antes atrativas, afastando novos profissionais e impactando diretamente o desenvolvimento do RS.
Enquanto isso, categorias como juízes, procuradores, defensores, fiscais e até o próprio governador e secretários recebem remunerações elevadas. São ilhas de privilégios no serviço público. A contradição aumenta quando lembramos que, sob Eduardo Leite, o salário mínimo regional teve um reajuste modesto. As valorizações são bem-vindas, mas mostram-se seletivas.
Apesar do discurso oficial, o RS registrou superávit de R$ 4,8 bilhões no primeiro quadrimestre — R$ 1,3 bilhão a mais que em 2024. Dizer que não há recursos para recomposição salarial é incoerente. Trata-se de uma estratégia para confundir a população e esconder o impacto positivo nas contas públicas. Ou seja, há sim espaço fiscal para a recomposição.
Sem perspectivas e com salários defasados, servidores qualificados — muitos com pós-graduação, mestrado e doutorado — deixam suas funções rumo a outros estados, ao Governo Federal ou à iniciativa privada. Essa “fuga de cérebros” prejudica a saúde, a segurança, a gestão fiscal, a agricultura e o desenvolvimento do RS. Na prática, a sociedade perde capacidade de resposta às suas necessidades.
Um Estado inovador e competitivo precisa valorizar seus trabalhadores. O Governo, ao negar a reposição salarial, ignora a importância desses profissionais e compromete o futuro da sociedade gaúcha.
Presidente do Sindicato dos Servidores de Nível Superior do Estado do RS (Sintergs)