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Publicada em 02 de Junho de 2025 às 19:20

Indústria Química na reconstrução do RS

Para Newton Battastini, presidente do Sindiquim, recuperar a confian?a da popula??o ser? um desafio

Para Newton Battastini, presidente do Sindiquim, recuperar a confian?a da popula??o ser? um desafio

LUIZA PRADO/JC
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Newton Battastini
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No cenário recente de reconstrução do Rio Grande do Sul, após a maior tragédia climática de sua história, fica evidente algo que muitas vezes passa despercebido: a importância da indústria química. Se hoje as famílias conseguiram limpar suas casas, higienizar ambientes, proteger objetos e preservar o que restou de suas vidas, foi graças à presença dos produtos químicos. Sem eles, não há limpeza, não há desinfecção, não há recomeço. Também não há condições mínimas de saúde pública, descontaminação de espaços e nem garantia de bem-estar coletivo.
Por muito tempo, a indústria química foi alvo de críticas, muitas vezes associada a impactos ambientais ou a práticas já superadas atualmente, como testes em animais. Porém, essa visão não reflete mais a realidade de um setor que se reinventa constantemente, buscando inovação, sustentabilidade e segurança. Hoje, inclusive, produtos químicos específicos são desenvolvidos para o cuidado com os pets — um mercado em expansão, que exige responsabilidade, pesquisa e compromisso com o bem-estar animal.
A relevância da indústria química também se reflete em espaços de debate e troca de conhecimento, como a Feira de Fornecedores da Indústria Química (FFIQUI), evento inédito que, em 2025, 1 ano após as enchentes, reunirá empresas, especialistas e profissionais para discutir desafios, inovações e soluções para o setor. Iniciativas como essa contribuem para fortalecer a cadeia produtiva, fomentar a busca por tecnologias mais limpas e ampliar o diálogo sobre a função estratégica da química na sociedade.
No Rio Grande do Sul, esse setor responde por 9,3% da transformação industrial, movimentando mais de US$ 1,3 bilhão em exportações e gerando quase 19 mil empregos formais, de acordo com o estudo do Departamento de Economia e Estatística (DEE), vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG) do Estado.
Diante desse contexto, fica evidente que foi ela, a indústria química, que esteve na linha de frente, oferecendo as soluções necessárias para que milhares de gaúchos pudessem, ao menos, começar a reconstruir suas vidas. Portanto, é hora de reconhecer: sem química, não há vida moderna. E, sem ela, o Rio Grande do Sul não teria força para se reerguer.
Presidente do Sindiquim
 

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