Porto Alegre,

Anuncie no JC
Assine agora

Publicada em 12 de Junho de 2025 às 19:00

Protagonismo feminino na política

Vera Armando, vereadora

Vera Armando, vereadora

Divulgação/JC
Compartilhe:
JC
JC
Vera Armando
Vera Armando
Vivemos um momento oportuno para refletirmos sobre os avanços que conquistamos e, principalmente, sobre os desafios que ainda precisamos enfrentar para fortalecer o protagonismo feminino na política.
As mulheres não aceitam mais o papel de coadjuvantes. Somos e devemos ser protagonistas na política e na vida pública. Não queremos estar nos espaços de poder apenas para cumprir cotas ou preencher listas. Queremos estar onde as decisões são tomadas, onde o futuro da sociedade é construído, porque temos propostas, temos projetos e, acima de tudo, a determinação de transformar realidades.
Apesar dos avanços históricos, a desigualdade ainda é gritante. O Tribunal Superior Eleitoral aponta que somos 52% do eleitorado brasileiro, mas apenas 15% das eleitas. Porto Alegre tem mais de 1,3 milhão de habitantes, sendo 719 mil mulheres — mais da metade da população. Porém, essa maioria não se traduz em representatividade política.
Não queremos só vencer eleições. Queremos e vamos fazer a diferença. Quando uma mulher ocupa um espaço de poder, o debate se amplia, ganha pluralidade, sensibilidade e conexão com as necessidades reais da população.
Mas seguimos enfrentando obstáculos estruturais: o machismo institucional, a desigualdade de oportunidades, a falta de apoio e de formação política ainda limitam a nossa atuação.
Defendemos que as mulheres estejam preparadas, reconhecidas e respeitadas — lideranças fortes, à frente de prefeituras, câmaras, assembleias e no Congresso. É lá que se definem as leis, as políticas públicas, o futuro do país — e não abriremos mão desse lugar.
Tramita na Câmara de Porto Alegre projeto de minha autoria que institui o Dia da Mulher na Política, a ser celebrado em 3 de novembro — data histórica da conquista do direito ao voto feminino no Brasil. A proposta busca não só lembrar, mas agir: campanhas de conscientização, incentivo à candidatura de mulheres, formação política e estímulo à participação de meninas desde cedo.
Queremos mais que números: queremos transformação. Queremos justiça, representatividade e políticas públicas que defendam nossas famílias, a liberdade, a educação, a segurança e o desenvolvimento.
Avançamos, sim, mas ainda há um longo caminho a percorrer. E seguiremos, juntas, abrindo portas, derrubando barreiras e ocupando cada vez mais espaços de poder e decisão.
Vereadora de Porto Alegre (PP)
 

Notícias relacionadas