Porto Alegre,

Anuncie no JC
Assine agora

Publicada em 02 de Junho de 2025 às 10:51

Produtividade: como melhorar resultados

Thiago Carvalho, Diretor de Estratégia da Actionline

Thiago Carvalho, Diretor de Estratégia da Actionline

Divulgação/JC
Compartilhe:
JC
JC
Thiago CarvalhoLongas jornadas de trabalho costumam ser vistas como sinônimo de comprometimento e performance. Mas a lógica do "quanto mais, melhor" vem perdendo força diante de uma realidade que mostra o contrário: a partir de certo ponto, mais horas significam menos rendimento e mais riscos à saúde e à segurança dos profissionais.Segundo o IBGE, os brasileiros registraram uma jornada média de 39,1 horas por semana no 2º trimestre de 2024, número que saltou para 45,3 horas entre autônomos. Já o relatório Global Productivity Brief 2024, da The Conference Board, reforça que esse excesso de horas, sem inovação e suporte adequado, tem gerado impactos negativos na produtividade e no bem-estar em várias economias, inclusive no Brasil.Outro estudo chamado Um olhar minucioso para o bem-estar psicossocial nas empresas, da WTW, revela que 49% dos trabalhadores relataram níveis elevados de estresse, enquanto 43% apresentaram sintomas de ansiedade ou depressão. Por isso, a implementação de jornadas mais flexíveis, práticas de escuta ativa e treinamentos de empatia têm se mostrado essenciais para reverter esse quadro.Empresas de todo o mundo, especialmente no Brasil, têm se deparado com uma nova realidade: o rendimento não depende apenas da quantidade de horas trabalhadas, mas da qualidade do trabalho realizado. De acordo com o relatório The Productivity Imperative in 2025, da McKinsey, lançado em janeiro, aponta que, para sustentar o crescimento econômico, será necessário aumentar de 2% a 4% a eficiência mundial até o fim da década, o que exigirá a adoção de novas tecnologias, como inteligência artificial e automação inteligente.Mais do que rever jornadas, as empresas precisam repensar o que, de fato, impulsiona a performance. Em vez de insistir em modelos que priorizam o tempo de permanência, organizações que lideram a transformação estão adotando indicadores mais qualitativos, que valorizam entregas com impacto, inovação e sustentabilidade.A mudança cultural e estrutural precisa ser encarada como uma oportunidade de posicionamento competitivo no mercado, proporcionando mais eficiência, menos custos com saúde e, sobretudo, mais satisfação entre os profissionais. Adotar essa visão não é apenas uma tendência, mas uma escolha estratégica para sustentar o crescimento com responsabilidade.
Thiago Carvalho


Longas jornadas de trabalho costumam ser vistas como sinônimo de comprometimento e performance. Mas a lógica do "quanto mais, melhor" vem perdendo força diante de uma realidade que mostra o contrário: a partir de certo ponto, mais horas significam menos rendimento e mais riscos à saúde e à segurança dos profissionais.

Segundo o IBGE, os brasileiros registraram uma jornada média de 39,1 horas por semana no 2º trimestre de 2024, número que saltou para 45,3 horas entre autônomos. Já o relatório Global Productivity Brief 2024, da The Conference Board, reforça que esse excesso de horas, sem inovação e suporte adequado, tem gerado impactos negativos na produtividade e no bem-estar em várias economias, inclusive no Brasil.

Outro estudo chamado Um olhar minucioso para o bem-estar psicossocial nas empresas, da WTW, revela que 49% dos trabalhadores relataram níveis elevados de estresse, enquanto 43% apresentaram sintomas de ansiedade ou depressão. Por isso, a implementação de jornadas mais flexíveis, práticas de escuta ativa e treinamentos de empatia têm se mostrado essenciais para reverter esse quadro.

Empresas de todo o mundo, especialmente no Brasil, têm se deparado com uma nova realidade: o rendimento não depende apenas da quantidade de horas trabalhadas, mas da qualidade do trabalho realizado. De acordo com o relatório The Productivity Imperative in 2025, da McKinsey, lançado em janeiro, aponta que, para sustentar o crescimento econômico, será necessário aumentar de 2% a 4% a eficiência mundial até o fim da década, o que exigirá a adoção de novas tecnologias, como inteligência artificial e automação inteligente.

Mais do que rever jornadas, as empresas precisam repensar o que, de fato, impulsiona a performance. Em vez de insistir em modelos que priorizam o tempo de permanência, organizações que lideram a transformação estão adotando indicadores mais qualitativos, que valorizam entregas com impacto, inovação e sustentabilidade.

A mudança cultural e estrutural precisa ser encarada como uma oportunidade de posicionamento competitivo no mercado, proporcionando mais eficiência, menos custos com saúde e, sobretudo, mais satisfação entre os profissionais. Adotar essa visão não é apenas uma tendência, mas uma escolha estratégica para sustentar o crescimento com responsabilidade.
Diretor de Estratégia da Actionline

Notícias relacionadas