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Publicada em 24 de Maio de 2025 às 11:00

A indústria brasileira precisa se revalorizada

Alfredo Schmitt, presidente do Sinplast-RS e do Instituto SustenPlást

Alfredo Schmitt, presidente do Sinplast-RS e do Instituto SustenPlást

Mathias Kraemer/Divulgação/JC
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Alfredo Schmitt
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A indústria brasileira, que celebra em 25 de maio o Dia da Indústria, carrega consigo muito mais que máquinas e produção em larga escala. Ela representa o motor do progresso nacional, capaz de impulsionar a economia, gerar oportunidades e transformar realidades. No entanto, é preciso reconhecer que sua contribuição histórica não tem recebido a devida valorização. Entre aplausos pontuais e promessas passageiras, o setor segue lutando para superar barreiras estruturais, burocráticas, tecnológicas e tributárias que inibem sua plena expansão.

O segmento de transformação do plástico é um dos exemplos mais expressivos dessa realidade. Presente em praticamente todos os setores da sociedade, esse ramo se destaca pela capacidade de inovação, adaptação e geração de emprego. São milhares de vagas diretas e indiretas, que vão desde o operário até os profissionais altamente qualificados que atuam no desenvolvimento de soluções sustentáveis e produtos plenamente adaptados à economia circular. É justamente nessa frente que o setor mais tem avançado: o investimento em pesquisa e em educação cresce ano após ano, com iniciativas que buscam entre outras, por exemplo, a destinação correta dos resíduos para que possam se transformar em novos produtos.

Apesar disso, o reconhecimento governamental ainda é tímido. O ambiente de negócios é desafiador, com alta carga tributária, burocracia e falta de políticas industriais de longo prazo. Faltam incentivos mais consistentes para estimular a modernização, ampliar mercados e enfrentar a concorrência internacional. Enquanto outros países fomentam sua indústria com políticas robustas, o Brasil ainda oscila entre o descaso e o improviso. Não se trata de pedir privilégios, mas de enxergar a indústria como fundamental, estratégica no desenvolvimento, em especial no desenvolvimento sustentável, na soberania econômica e na geração de renda. E a tudo isto trazemos para o tabuleiro o que desponta como sendo a nova revolução industrial: a inteligência artificial, seu conhecimento, seu uso.

Neste Dia da Indústria, que se renove o compromisso com quem emprega, constrói, inova e transforma. Dar visibilidade aos desafios enfrentados e apoiar soluções concretas é fundamental para um futuro mais competitivo, justo e ambientalmente responsável.
Presidente do Sinplast-RS e do Instituto SustenPlást

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