Luana Ramon
Há pouco mais de um ano, o Rio Grande do Sul enfrentava a maior tragédia climática de sua história. Diante de inúmeras e urgentes necessidades, milhares de cidadãos uniram-se às forças de salvamento e segurança para, de alguma forma, auxiliar quem mais precisava.
Paralelamente aos esforços individuais, diversas empresas do Estado organizaram iniciativas de voluntariado corporativo para apoiar a população atingida.
Conhecido também como voluntariado para pessoa jurídica ou voluntariado empresarial, o conceito se refere à participação de funcionários de uma organização em ações sociais. Realizadas periodicamente ou em situações excepcionais, como foi o caso das enchentes de maio de 2024, as medidas visam melhorar as condições de vida das pessoas de diversas formas e superar cenários de vulnerabilidade. No entanto, apesar de sua importância, o voluntariado corporativo ainda está longe de ser uma prática comum em boa parte das corporações brasileiras.
O trabalho social faz toda a diferença para o fortalecimento de vínculos entre marcas, colaboradores e comunidade, o que contribui para uma cultura de empatia, propósito e pertencimento. Somado a isso, incentivar os funcionários a participar de ações voluntárias é uma forma de promover o bem-estar coletivo e contribuir para o engajamento das equipes.
Muitos estudos científicos reforçam que ajudar o próximo reduz o estresse, melhora a autoestima e possibilita o desenvolvimento de habilidades interpessoais importantes, como liderança e trabalho em equipe. Esses benefícios se refletem no ambiente corporativo, o que resulta em maior produtividade e clima organizacional mais positivo.
As empresas que adotam programas de voluntariado evidenciam o comprometimento com a ética e com o crescimento sustentável. Ao liberar horas do expediente para atividades dessa natureza ou criar projetos internos com foco no voluntariado, as organizações estimulam o protagonismo dos funcionários e reforçam o seu papel como agentes de transformação.
O estímulo ao trabalho voluntário é uma forma de conscientizar homens e mulheres, e de contribuir para ecossistemas organizacionais mais humanos e resilientes. Os benefícios são muitos - tanto para quem é acolhido quanto para quem pratica as ações. Fazer o bem é, sem dúvida, um bom negócio.
Psicóloga e diretora voluntária da Parceiros Voluntários Caxias do Sul