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Publicada em 15 de Maio de 2025 às 14:00

Brasil em 2025: velhos problemas, nova oportunidade

 Carlos Rodolfo Schneider, empresário

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Divulgação/JC
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Carlos Rodolfo SchneiderQue o poder público no Brasil gasta demais não é novidade para ninguém. Mas preocupa mais quando vemos a gastança crescendo. Entre os gastos obrigatórios, a despesa com pessoal requer tratamento mandatório.
Carlos Rodolfo Schneider

Que o poder público no Brasil gasta demais não é novidade para ninguém. Mas preocupa mais quando vemos a gastança crescendo. Entre os gastos obrigatórios, a despesa com pessoal requer tratamento mandatório.
A reforma administrativa, que chegou a ser proposta no governo passado, foi barrada por pressão daqueles que querem deixar as coisas como estão. Segundo dados do FMI, União, Estados e municípios dispendem 12% do PIB com funcionalismo no Brasil, contra uma média de 8% a 9% de países emergentes e latino-americanos. Uma das distorções são os salários mais altos do que no setor privado, mesmo já tendo privilégios como estabilidade e aposentadoria integral.
A baixa qualidade do gasto também fica evidente na educação. Segundo o Banco Mundial, em 2020 o Brasil dispendeu proporcionalmente mais: 5,8% PIB contra 3,3% da China. E isso vem acontecendo desde 1998, segundo a série histórica.
Com outra diferença gritante: enquanto nós estamos nos últimos lugares no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), a China vem disputando a vanguarda no desenvolvimento tecnológico.
As mesmas receitas se repetem, para os problemas de sempre, não enfrentados ou mal resolvidos.
A nossa liberdade de fazer escolhas, tem nos levado, ou àqueles que por nós decidem, a buscar os caminhos mais tentadores, os atalhos, o querer colher antes do tempo, ou até antes de plantar. Insistimos em não nos preparar nos bons momentos para enfrentar tempos mais difíceis que sempre vem. Sem deixar de reconhecer os esforços feitos para aprovar a reforma tributária sobre o consumo, apesar das distorções conquistadas pelos lobbies que obrigarão os demais à alíquota de IVA mais alta do planeta, não podemos fugir dos demais ajustes para aumentar o PIB potencial, ou seja, a capacidade de crescer sem gerar inflação. É escolher entre crescimento consistente, ou insistir nos conhecidos voos de galinha.
Que em 2025 os bons frutos dependam dos nossos atos e não de outro boom de commodities.
Empresário

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