Ivanor Ferronatto
O Estado, bem como parte do Brasil, reflete agora a situação misericordiosa em que se encontra a educação e a economia. A educação, berço do desenvolvimento em qualquer pais, passados cerca de 20 anos após se tornar instrumento de chegada ao poder, voto aos 16 anos, está no nível mais baixo, contrariando o desejo, no estado, de Duque de Caxias, Domingos José de Almeida e Leonel Brizola, ao ponto de se pagar para os alunos irem a escola.
A contrariedade com a instalação das escolas cívico militar, cerceia que crianças pobres tenham acesso ao ensino disciplinado, vertente de engrandecimento, deixando que só os de maior poder o tenham ao custo de altos valores. Mesmo que hoje renasça o ensino como nos moldes desejados, levará novos 20 anos para que surja efeito nos meios sociais e econômicos.
Os rendimentos dos trabalhadores está corroído e assim como os contratos, sustentam a política do governo, permitindo reajuste somente anual, salvaguardado pelo Plano Real.
Fernando Henrique dizia que seria feliz quando pudesse pagar U$ 100,00 ao salário mínimo, agora está em torno de U$ 272,00, e não sustenta uma semana das necessidades básicas.
Paga-se um salário mínimo com 15 Kg de carne boa.
Paga-se um salário mínimo com 15 Kg de carne boa.
Quem estava acostumado a comer camarão graúdo passou para o médio, agora para o miúdo, como este não pode ser pescado, não o come.
O obreiro que trabalhou a vida inteira para ter um imóvel que na velhice lhe proveria de uma renda extra, está na lona, pois os valores cobrados hoje, são na maioria, os mesmo de 10 anos atrás, limitando o seu poder aquisitivo, e rende em torno de 0,05 %, ao passo que a aplicação financeira retribui com aproximadamente 1%.
No momento, o nosso estado trás do nordeste mão de obra para a construção civil e para a manutenção de rede elétrica e de comunicação.
O País importa técnicos e jogadores de futebol. Os estádios ficaram nobres e diminuíram de capacidade, não por falta de torcedores, mas porque o objetivo é o lucro. O esporte amador, bem como a pista olímpica, símbolo do atletismo, sumiram das sociedades esportivas.
Estamos entrando na era de uma nova sociedade.
Jornalista/escritor