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Publicada em 20 de Janeiro de 2025 às 18:59

Pesquisa clínica impulsiona avanços em oncologia

Pedro Liedke, oncologista da Oncoclínicas RS com especialização em pesquisa clínica no Massachusetts General Hospital, de Boston

Pedro Liedke, oncologista da Oncoclínicas RS com especialização em pesquisa clínica no Massachusetts General Hospital, de Boston

Oncoclínicas RS/Divulgação/JC
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Pedro Liedke
Pedro Liedke
No universo da oncologia, a pesquisa clínica é imprescindível para que possamos desenvolver e testar novas tecnologias contra o câncer. Permite encontrar opções terapêuticas para que os pacientes em tratamento tenham maiores chances de cura ou possam ampliar sua taxa de sobrevida. Também se busca que tenham melhora na qualidade de vida, porque avaliam importantes questões relacionadas ao bem-estar do indivíduo. Isso é fundamental para a tomada de decisões, considerando os possíveis efeitos colaterais das terapias oncológicas.
Há 15 anos atuo nesta área e acompanho os avanços alcançados, junto ao seu impacto na saúde. No Rio Grande do Sul, especialmente em Porto Alegre, temos muitos centros voltados à pesquisa. A maioria é de fase 3, que compara o melhor tratamento padrão ou usual com uma nova medicação ou nova combinação que tem perspectiva em oferecer uma eficácia superior. Existem estudos voltados para todos os tipos de câncer, mas alguns contam com maior número de pesquisas em andamento devido à sua maior frequência epidemiológica, como os casos de mama, pulmão e intestino grosso.
Um exemplo desse trabalho é o que conduzimos no Hospital de Clínicas de Porto Alegre para câncer de mama, com uma nova medicação voltada a casos mais avançados e que possui previsão de ser aprovada pelas autoridades para uso no Brasil já no primeiro semestre de 2025.
As pessoas que ingressam em um estudo têm um papel fundamental na jornada em busca de novas e eficazes formas de controle de doenças oncológicas. É, também, uma oportunidade para quem não tem acesso a determinadas tecnologias, como pacientes do SUS. Ao entrarem, frequentemente têm a possibilidade de receber o melhor tratamento possível, seja o padrão ou o novo em teste. E sempre é bom frisar que participantes de pesquisa não são cobaias de laboratório. São voluntários e muito bem informados sobre o processo e os procedimentos a serem realizados.
Outra grande contribuição é o treinamento da equipe, porque a pesquisa exige um nível muito criterioso de qualidade no atendimento, no registro de informações, e no manejo e acompanhamento de efeitos colaterais.
Assim, vamos buscando avanços no enfrentamento do câncer e levando esperança aos pacientes.
Oncologista da Oncoclínicas RS
 

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