Reginete Bispo
No mês da conscientização sobre o câncer de mama, a campanha do Outubro Rosa deste ano adquire importância em todo o País. A doença é a primeira causa de mortes de mulheres. Somente em 2022, conforme o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o Brasil registrou mais de 19,1 mil mortes por câncer de mama.
Diante do desafio de reduzir os casos no País, precisamos ampliar as políticas públicas voltadas à área da saúde. Um estudo do Inca aponta que mulheres negras têm 57% de chance a mais de morrer em decorrência do câncer de mama em comparação às mulheres brancas, o que alerta para a urgência de educar e empoderar o público feminino sobre a enfermidade.
Nas regiões Sul e Sudeste, o câncer de mama apresenta as taxas mais altas. Segundo o Inca, em 2022, a região Sul registrou 3.340 mortes por conta da doença. No Rio Grande do Sul, 1.435 mulheres perderam a vida em decorrência da neoplasia naquele ano, ou seja, quase a metade do total na região.
Para o triênio de 2023 a 2025, o Inca estima 73.610 casos novos por ano, resultando em uma taxa ajustada de incidência de 41,89 casos por 100 mil mulheres. Neste contexto, é essencial promover acesso aos serviços de diagnóstico e tratamento — principalmente em regiões carentes — e encorajar as mulheres a realizarem exames regulares.
Ao mesmo tempo, é fundamental que as mulheres estejam atentas aos sinais e sintomas suspeitos de câncer de mama, como nódulos no pescoço ou nas axilas. O diagnóstico precoce contribui para a redução da incidência e da mortalidade associada a essa doença, proporcionando até 95% de chance de cura.
Por isso, reforço o apelo: façam exames preventivos ao primeiro sinal de sintomas suspeitos. Da mesma forma, a sociedade civil também deve reforçar a cobrança por investimentos e políticas públicas. Somente assim será possível ampliar o acesso a serviços de saúde por grupos em situação de vulnerabilidade social.
Iniciativas como o Outubro Rosa, por exemplo, têm papel crucial na sensibilização da sociedade e na luta por justiça social. Em meio às campanhas de conscientização, as redes sociais também têm papel essencial, uma vez que contribuem na disseminação de informações sobre empoderamento feminino e educação sobre saúde.
Deputada federal (PT)