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Publicada em 11 de Agosto de 2024 às 09:17

Os caminhos da internacionalização

Ruben Bisi, vice-presidente de Relações Institucionais do Simecs

Ruben Bisi, vice-presidente de Relações Institucionais do Simecs

Simecs/Divulgação/JC
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Ruben Bisi Muitas indústrias vêm buscando na internacionalização novos mercados, reduzindo riscos em eventual cenário de crise interna. Estar presente no mercado externo pode agregar novas tecnologias ao negócio, resultar em parcerias e abrir novas frentes de transações comerciais, inclusive no mercado interno, já que ter a chancela de venda em outro país ajuda a gerar credibilidade à marca da empresa. Cerca de 4% das indústrias (considerando a base de associadas ao Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Metalmecânicas e de Material Elétrico de Caxias e Região) comercializam para outros países, o que representou no ano passado cerca de US$ 1 bilhão.
Ruben Bisi

Muitas indústrias vêm buscando na internacionalização novos mercados, reduzindo riscos em eventual cenário de crise interna. Estar presente no mercado externo pode agregar novas tecnologias ao negócio, resultar em parcerias e abrir novas frentes de transações comerciais, inclusive no mercado interno, já que ter a chancela de venda em outro país ajuda a gerar credibilidade à marca da empresa. Cerca de 4% das indústrias (considerando a base de associadas ao Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Metalmecânicas e de Material Elétrico de Caxias e Região) comercializam para outros países, o que representou no ano passado cerca de US$ 1 bilhão.
Empresas da região, principalmente de Caxias do Sul, Carlos Barbosa e Farroupilha, já têm trajetórias consolidadas em mercados como Estados Unidos, Chile, Argentina, México e Uruguai, para onde são direcionadas as principais exportações de produtos — carrocerias para veículos automotores, reboques e semi-reboques e artefatos de uso doméstico, para citar os mais significativos. Estar no mercado global é um desafio e exige um olhar estratégico e focado em oportunidades. É também necessário estar em posição competitiva e vencer barreiras.
Empresas exportadoras enfrentam legislações, burocracias, grandes mudanças cambiais e outros entraves que fazem parte do chamado Custo Brasil. Precisam, ainda, entender e se adaptar a diferentes culturas e vencer as dificuldades de se comunicar em outros idiomas. E dependem de uma logística, incluindo estrutura de portos, aeroportos e rodovias nem sempre em condições de dar vazão rápida e segura a essa produção, como ocorre neste momento, após a tragédia climática no RS, elevando ainda mais os custos de transporte.Outras situações não esperadas, como adoção de políticas econômicas internas protecionistas, podem surgir no mapa mundial e trazer reflexos aos negócios. Estar atento a esses cenários é fundamental, assim como investir em tecnologias e inovações que agreguem valor aos produtos e seguindo o conceito de indústria 4.0, bem mais sustentável, de preferência sem carbono e dentro dos princípios de ESG A descarbonização é uma exigência cada vez maior no mercado global.
Recentemente, o Simecs organizou uma missão empresarial a Bilbao, capital do País Basco, na Espanha, onde o grupo conheceu o maior centro de pesquisa aplicada e desenvolvimento tecnológico do país, o cluster de indústrias locais, entre outras agendas. Uma delas foi a BIEMH, feira que aglutina exemplos em tecnologia avançada, com ênfase em robótica, automatização e digitalização.
A entidade da indústria da Serra gaúcha vem ao longo dos tempos apoiando e liderando direcionamentos para que o setor se desenvolva também no mercado internacional. No Simecs as indústrias contam com um sistema de estatísticas, em parceria com a Fiergs, que permite a comparação de mercados em dados e análises de cenários, ajudando a identificar potenciais negócios, ou seja, mapeando mercados e oferecendo suporte. O Simecs também conta com uma parceria com a Durham University, da Inglaterra, que oferece aos associados um projeto específico, visando estimular a internacionalização das empresas do setor. O programa desenvolvido pela Universidade de Durham é gratuito para associados Simecs e oferece bases necessárias tanto para as empresas que pretendem iniciar no mercado internacional de forma sustentável, quanto para as que já atuam e querem elevar sua competitividade.
Ajudar a impulsionar negócios das indústrias, promovendo competitividade, significa fortalecer a economia e gerar desenvolvimento. É construir o amanhã.
vice-presidente de Relações Institucionais do Simecs

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