Karim Miskulin
É recíproca a preocupação deste 31 de maio, marcado por uma mensagem de abstinência total do tabaco. Mas me questiono: será que estamos ignorando uma peça importante do quebra-cabeça?
Os cigarros eletrônicos têm sido frequentemente relegados ao banco dos réus, rotulados como uma moda passageira ou até mesmo como uma ameaça à saúde pública. No entanto, talvez seja hora de reavaliar essa visão e reconhecer o potencial dos cigarros eletrônicos como uma ferramenta de redução de danos.
Em um mundo onde a informação é abundante e a escolha individual é valorizada, por que não oferecer aos fumantes uma alternativa menos prejudicial ao tabaco convencional? Quase três milhões de brasileiros o consomem, segundo o IPEC. Um aumento no consumo de 600% nos últimos três anos.
Os cigarros eletrônicos, ao vaporizarem uma solução líquida em vez de queimar tabaco, eliminam muitos dos produtos químicos tóxicos associados à fumaça do cigarro. Claro, não podemos ignorar as preocupações legítimas sobre os efeitos a longo prazo dos cigarros eletrônicos. No entanto, em um cenário onde a escolha é entre um mal conhecido e um mal potencialmente menor, talvez seja hora de reavaliar nossas prioridades.
Enquanto o Brasil insiste em marginalizar o que mais de 80 países já entenderam como parte da rotina do consumidor, a clandestinidade lucra nas esquinas do nosso país. A Receita Federal estima que o mercado ilegal movimente R$ 7,5 bi por ano. Perde a nação, ganham o narcotráfico e outras organizações criminosas que investem no negócio enquanto a burocracia rasteja.
Este não é apenas um apelo à razão, mas uma questão de saúde pública e individual, de sabermos o que nosso povo consome. À medida que acendemos a chama da conscientização sobre os perigos do tabaco, não percamos de vista as oportunidades que estão diante de nós. Os cigarros eletrônicos podem ser uma luz no fim do túnel para muitos fumantes que buscam uma alternativa mais saudável e para setores que podem ser alavancados diante da legalização.
Antes de simplesmente condenar o tabaco, sem considerar seu valor econômico, precisamos levar em conta áreas como o Vale do Rio Pardo, no Rio Grande do Sul. Essa região sustenta mais de meio milhão de gaúchos há mais de um século, com uma cadeia agrícola industrializada que exporta mais de 92% do que produz. Antes de declarar "sou contra o tabaco", devemos lembrar da sua relevância para a economia e a sociedade. Se o Brasil parar de produzir, outra nação tomará o nosso lugar. O mundo não vai fumar menos se simplesmente deixarmos de cultivar; outras terras assumirão a tarefa que hoje sustenta mais de um milhão de famílias brasileiras.
Os cigarros eletrônicos têm sido frequentemente relegados ao banco dos réus, rotulados como uma moda passageira ou até mesmo como uma ameaça à saúde pública. No entanto, talvez seja hora de reavaliar essa visão e reconhecer o potencial dos cigarros eletrônicos como uma ferramenta de redução de danos.
Em um mundo onde a informação é abundante e a escolha individual é valorizada, por que não oferecer aos fumantes uma alternativa menos prejudicial ao tabaco convencional? Quase três milhões de brasileiros o consomem, segundo o IPEC. Um aumento no consumo de 600% nos últimos três anos.
Os cigarros eletrônicos, ao vaporizarem uma solução líquida em vez de queimar tabaco, eliminam muitos dos produtos químicos tóxicos associados à fumaça do cigarro. Claro, não podemos ignorar as preocupações legítimas sobre os efeitos a longo prazo dos cigarros eletrônicos. No entanto, em um cenário onde a escolha é entre um mal conhecido e um mal potencialmente menor, talvez seja hora de reavaliar nossas prioridades.
Enquanto o Brasil insiste em marginalizar o que mais de 80 países já entenderam como parte da rotina do consumidor, a clandestinidade lucra nas esquinas do nosso país. A Receita Federal estima que o mercado ilegal movimente R$ 7,5 bi por ano. Perde a nação, ganham o narcotráfico e outras organizações criminosas que investem no negócio enquanto a burocracia rasteja.
Este não é apenas um apelo à razão, mas uma questão de saúde pública e individual, de sabermos o que nosso povo consome. À medida que acendemos a chama da conscientização sobre os perigos do tabaco, não percamos de vista as oportunidades que estão diante de nós. Os cigarros eletrônicos podem ser uma luz no fim do túnel para muitos fumantes que buscam uma alternativa mais saudável e para setores que podem ser alavancados diante da legalização.
Antes de simplesmente condenar o tabaco, sem considerar seu valor econômico, precisamos levar em conta áreas como o Vale do Rio Pardo, no Rio Grande do Sul. Essa região sustenta mais de meio milhão de gaúchos há mais de um século, com uma cadeia agrícola industrializada que exporta mais de 92% do que produz. Antes de declarar "sou contra o tabaco", devemos lembrar da sua relevância para a economia e a sociedade. Se o Brasil parar de produzir, outra nação tomará o nosso lugar. O mundo não vai fumar menos se simplesmente deixarmos de cultivar; outras terras assumirão a tarefa que hoje sustenta mais de um milhão de famílias brasileiras.
Cientista política