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Publicada em 15 de Maio de 2024 às 19:10

Comunicação empática é urgente na crise

Ana Paula Megiolaro, sócia-diretora da Roedel Intl Advisor

Ana Paula Megiolaro, sócia-diretora da Roedel Intl Advisor

Arquivo pessoal/Divulgação/JC
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Ana Paula Megiolaro
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A inclusão da empatia no processo de comunicação é o que chamamos de comunicação empática e ela é urgente agora, para não aumentar ainda mais a dor, o medo e o trauma de tantas pessoas que perderam tudo. É igualmente iminente para aquelas pessoas que estão em todas as frentes para salvar vidas humanas e animais. Quem cuida, salva, acolhe também precisa da comunicação empática. Parece que estamos dentro de um filme de catástrofe natural. Só que é real. São tantas emoções e sentimentos que precisamos administrar neste momento de crise, que muitos descuidam da sua comunicação.
Colocar-se no lugar do outro é impossível, na maioria das vezes. Por isso, a definição de empatia que mais utilizo é a habilidade de acolher com respeito o que o outro diz, tendo como base a sua referência e o seu contexto. Todos nós temos a capacidade de acolher com respeito o que o outro diz, porque empatia pode e deve ser praticada todos os dias na nossa comunicação. Chancelo a minha afirmação com a citação do diretor do laboratório de neurociência social na Universidade de Stanford, Jamil Zaki, "a empatia é como um músculo que, se não for trabalhado, atrofia". A empatia tem três categorias, a cognitiva, emocional e compassiva. Afirmo com total propriedade que é a empatia compassiva que nos move hoje - conhecida como preocupação empática, que nos conduz para uma ação, ajudar o outro como pudermos.
A crise sem precedentes que estamos vivendo aqui no RS exige de todos nós a prática da comunicação empática. Você deve estar se perguntando: como praticá-la se todos estão com os nervos à flor da pele e com um turbilhão de emoções e sentimentos desencadeados? Concentre-se no que o outro está dizendo, dê ao outro a sua atenção. É o que a maioria de nós está tentando fazer agora. Além disso, a prática de uma escuta empática, acolhedora de fato, sem julgamentos e questionamentos é fundamental. Agradeço de coração a cada mão estendida para salvar vidas humanas e animais, a cada palavra e gesto de conforto, a cada doação material e espiritual - demonstração da força do amor ao próximo e da compaixão. Parece que nada é capaz de amenizar a dor de quem perdeu casa, empresa, familiares e amigos pela fúria da natureza.
Mesmo diante da devastação, a chama da esperança deve permanecer viva dentro de cada um de nós, porque somos resilientes! Superamos desafios antes e, juntos, construiremos um futuro ainda mais forte e próspero.
Sócia-diretora da Roedel Intl Advisor
 

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