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Opinião

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Artigo

- Publicada em 06 de Junho de 2023 às 06:52

Rede industrial rumo à Indústria 4.0: chave está na estruturação da base

Eduardo AbeA indústria brasileira vem avançando cada dia mais na digitalização. Mas ainda temos um longo caminho a percorrer. No atual cenário, muitos setores ainda estão redesenhando suas arquiteturas para garantir a sustentabilidade e a competitividade do negócio.Na avaliação da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), a Indústria 4.0 deve movimentar nos próximos 15 anos mais de US 15 trilhões. Contudo, no Brasil, estudo da ABDI registrou apenas 2% das empresas em território nacional investindo nessa evolução. O que representa um grande filão a ser explorado, considerando o Brasil ainda estar no estágio inicial dessa jornada.Neste cenário, o primeiro passo para as empresas iniciarem a sua modernização é avaliar o atual ambiente, identificar a maturidade tecnológica da instituição, os pontos que precisam evoluir, e isso inclui a análise do legado, e inclusão de tecnologias que irão garantir a sustentabilidade e a competitividade do negócio. Toda a transformação, entretanto, tem de estar alinhada aos objetivos estratégicos da operação.Outra fase essencial para o sucesso da escalada da evolução é a escolha de um parceiro com experiência comprovada no assessment para propor uma repaginação da arquitetura, que promova uma evolução segura e orquestrada. É importante destacar que os avanços tecnológicos exigem a criação de uma base muito bem estruturada, ou seja, uma rede que sirva de esteira para a implementação de tecnologias como Big Data/Analytics, Inteligência Artificial, Realidade Aumentada, Robótica e, principalmente, Cloud Computing. Um alicerce para permitir a implementação de IoT, por exemplo, ampliação de automação e o pulo do gato: visibilidade.A evolução da indústria, rumo à virada de chave para a Indústria 4.0, depende muito da disseminação do conhecimento nas empresas sobre os benefícios da digitalização, como aumento da produtividade, oportunidades de novos negócios, produção e redução do tempo de lançamento de produtos no mercado, ampliação da interoperabilidade e mais segurança com base no aumento do controle, com visão do todo.Isso porque as informações estarão acessíveis. A visão do todo promove a construção rápida de estratégias, garantindo agilidade e consequente competitividade ao sair à frente, sem contar que o monitoramento com visão ampla traz mais eficiência operacional, confiança, prevenção a falhas, redução de custos e uma série de benefícios estratégicos ao negócio.Evolução tecnológica superando desafiosA alta demanda por conectividade não para de crescer. Em um país de dimensões continentais, como o Brasil, este é um desafio que precisa ser superado com urgência. Em especial nas áreas rurais, afetando o desenvolvimento de setores como o agronegócio.Estudo da Ericsson estima aumento da demanda de conectividade entre 65-85% por diversos setores, como indústria, agronegócio e saúde, que estão apostando no 5G para minimizar os atuais problemas. A rede 5G proporciona conectividade, com alta largura de banda e baixa latência, não apenas entre pessoas, mas principalmente entre "objetos" (máquinas, equipamentos, dispositivos.A tecnologia vai impulsionar, por exemplo, IoT. Sua ampla conectividade entre objetos vai transformar processos produtivos ao flexibilizar linhas de produção, inovando completamente as formas de entrega de bens e serviços.De acordo com Confederação Nacional da Indústria (CNI), o uso de tecnologias digitais na indústria, rumo à quarta Revolução Industrial, aumentou em 22%, em média, a capacidade produtiva de micro, pequenas e médias empresas dos segmentos de alimentos e bebidas, metalmecânica, moveleiro, vestuário e calçados.Uma nova dimensãoAté 2025, a McKinsey prevê que processos relacionados à Indústria 4.0 poderão reduzir custos de manutenção de equipamentos entre 10% e 40%, reduzir o consumo de energia entre 10% e 20% e aumentar a eficiência do trabalho entre 10% e 25%. Um avanço inestimável para o setor.Esses avanços trazem uma nova dimensão para controle de uma cadeia de valor industrial inteligente, especialmente integrada ao ecossistema de inovação e colaboração. O futuro, que já se apresenta, vislumbra micro, pequenas e médias empresas no Brasil mais bem preparadas para enfrentar os desafios de um mundo cada vez mais competitivo e conectado.
Eduardo Abe

A indústria brasileira vem avançando cada dia mais na digitalização. Mas ainda temos um longo caminho a percorrer. No atual cenário, muitos setores ainda estão redesenhando suas arquiteturas para garantir a sustentabilidade e a competitividade do negócio.

Na avaliação da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), a Indústria 4.0 deve movimentar nos próximos 15 anos mais de US 15 trilhões. Contudo, no Brasil, estudo da ABDI registrou apenas 2% das empresas em território nacional investindo nessa evolução. O que representa um grande filão a ser explorado, considerando o Brasil ainda estar no estágio inicial dessa jornada.

Neste cenário, o primeiro passo para as empresas iniciarem a sua modernização é avaliar o atual ambiente, identificar a maturidade tecnológica da instituição, os pontos que precisam evoluir, e isso inclui a análise do legado, e inclusão de tecnologias que irão garantir a sustentabilidade e a competitividade do negócio. Toda a transformação, entretanto, tem de estar alinhada aos objetivos estratégicos da operação.

Outra fase essencial para o sucesso da escalada da evolução é a escolha de um parceiro com experiência comprovada no assessment para propor uma repaginação da arquitetura, que promova uma evolução segura e orquestrada. É importante destacar que os avanços tecnológicos exigem a criação de uma base muito bem estruturada, ou seja, uma rede que sirva de esteira para a implementação de tecnologias como Big Data/Analytics, Inteligência Artificial, Realidade Aumentada, Robótica e, principalmente, Cloud Computing. Um alicerce para permitir a implementação de IoT, por exemplo, ampliação de automação e o pulo do gato: visibilidade.

A evolução da indústria, rumo à virada de chave para a Indústria 4.0, depende muito da disseminação do conhecimento nas empresas sobre os benefícios da digitalização, como aumento da produtividade, oportunidades de novos negócios, produção e redução do tempo de lançamento de produtos no mercado, ampliação da interoperabilidade e mais segurança com base no aumento do controle, com visão do todo.

Isso porque as informações estarão acessíveis. A visão do todo promove a construção rápida de estratégias, garantindo agilidade e consequente competitividade ao sair à frente, sem contar que o monitoramento com visão ampla traz mais eficiência operacional, confiança, prevenção a falhas, redução de custos e uma série de benefícios estratégicos ao negócio.

Evolução tecnológica superando desafios

A alta demanda por conectividade não para de crescer. Em um país de dimensões continentais, como o Brasil, este é um desafio que precisa ser superado com urgência. Em especial nas áreas rurais, afetando o desenvolvimento de setores como o agronegócio.

Estudo da Ericsson estima aumento da demanda de conectividade entre 65-85% por diversos setores, como indústria, agronegócio e saúde, que estão apostando no 5G para minimizar os atuais problemas. A rede 5G proporciona conectividade, com alta largura de banda e baixa latência, não apenas entre pessoas, mas principalmente entre "objetos" (máquinas, equipamentos, dispositivos.

A tecnologia vai impulsionar, por exemplo, IoT. Sua ampla conectividade entre objetos vai transformar processos produtivos ao flexibilizar linhas de produção, inovando completamente as formas de entrega de bens e serviços.

De acordo com Confederação Nacional da Indústria (CNI), o uso de tecnologias digitais na indústria, rumo à quarta Revolução Industrial, aumentou em 22%, em média, a capacidade produtiva de micro, pequenas e médias empresas dos segmentos de alimentos e bebidas, metalmecânica, moveleiro, vestuário e calçados.

Uma nova dimensão

Até 2025, a McKinsey prevê que processos relacionados à Indústria 4.0 poderão reduzir custos de manutenção de equipamentos entre 10% e 40%, reduzir o consumo de energia entre 10% e 20% e aumentar a eficiência do trabalho entre 10% e 25%. Um avanço inestimável para o setor.

Esses avanços trazem uma nova dimensão para controle de uma cadeia de valor industrial inteligente, especialmente integrada ao ecossistema de inovação e colaboração. O futuro, que já se apresenta, vislumbra micro, pequenas e médias empresas no Brasil mais bem preparadas para enfrentar os desafios de um mundo cada vez mais competitivo e conectado.
Especialista em Tecnologia para Indústria