Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Opinião

Opinião

artigo

- Publicada em 21 de Março de 2023 às 20:25

Não está pronta, mas está muito melhor

Everton Braz Há uma sinergia desenvolvimentista em Porto Alegre como há anos o porto-alegrense não experimentava. Uma conexão natural do Guaíba com a cidade, do Centro Histórico com o futuro, da economia circular com as pessoas. E o mérito não é obra de um homem só, nem sejamos puxa-saquismos de fantasiar para convencer que a Capital é refém da política na vida de 1,4 milhão de empreendedores-natos. Entretanto, sem desvalorização também: até porque, criar um ambiente livre para o crescimento é, pela própria Constituição, responsabilidade pública. Não precisa ser cientista social para enxergar POA despida de alguns velhos medos. A violência não é uma pauta vencida, mas o passado já nos trouxe realidades piores. Caminhar ao pôr do sol hoje é possível. Outros receios também estamos vencendo: investir aqui não é mais temor do mercado, e chamar o mercado para investir na cidade – resolvendo os seus problemas – não é medo do poder público. O South Summit, prestes a iniciar, chancela isso. O avanço da concessão do Dmae e a recuperação do Arroio Dilúvio, demitindo desconfianças, também são acenos positivos. Saímos do ostracismo, enfim. A madura visão de que o simbólico cria o sentimento da felicidade comum está na rua, repare. No Quarto Distrito, colorido, com bares e sons. Pelos corredores sortidos do segundo piso do Mercado Público, na retomada dos grandes eventos populares. Sim, isso é política. Mas, para fazer sentir, é preciso viver a cidade. Não se pode fazer gestão pública apartado de quem faz a vida: as pessoas. Um bom prefeito tem de ser zelador. E, aqui, temos! Sebastião Melo não é um político para se concordar o tempo todo, ou consentir sem criticar. Mas precisamos reconhecer, e nisso até a oposição concorda, é um líder do arquétipo andarilho – perseguidor e solucionador de sufocos, pé fincado na terra. No barro, na enchente, no caos. Há muitos problemas a serem resolvidos, mas, ao menos, ele não faz de conta que são invisíveis. Não ser omisso, num tempo de muita ideologia e de pouca prática, já é um caminho concreto. Porto Alegre não está perfeita, com tudo pronto e arrumado, tampouco parada. E nesse embalo, percebemos todos, está bem melhor do que era. Daqui para frente, acelera. Presidente do Podemos-RS, ex-secretário municipal de Porto Alegre



Everton Braz



Há uma sinergia desenvolvimentista em Porto Alegre como há anos o porto-alegrense não experimentava. Uma conexão natural do Guaíba com a cidade, do Centro Histórico com o futuro, da economia circular com as pessoas. E o mérito não é obra de um homem só, nem sejamos puxa-saquismos de fantasiar para convencer que a Capital é refém da política na vida de 1,4 milhão de empreendedores-natos. Entretanto, sem desvalorização também: até porque, criar um ambiente livre para o crescimento é, pela própria Constituição, responsabilidade pública.



Não precisa ser cientista social para enxergar POA despida de alguns velhos medos. A violência não é uma pauta vencida, mas o passado já nos trouxe realidades piores. Caminhar ao pôr do sol hoje é possível. Outros receios também estamos vencendo: investir aqui não é mais temor do mercado, e chamar o mercado para investir na cidade – resolvendo os seus problemas – não é medo do poder público. O South Summit, prestes a iniciar, chancela isso. O avanço da concessão do Dmae e a recuperação do Arroio Dilúvio, demitindo desconfianças, também são acenos positivos. Saímos do ostracismo, enfim.



A madura visão de que o simbólico cria o sentimento da felicidade comum está na rua, repare. No Quarto Distrito, colorido, com bares e sons. Pelos corredores sortidos do segundo piso do Mercado Público, na retomada dos grandes eventos populares. Sim, isso é política. Mas, para fazer sentir, é preciso viver a cidade. Não se pode fazer gestão pública apartado de quem faz a vida: as pessoas. Um bom prefeito tem de ser zelador. E, aqui, temos!

Sebastião Melo não é um político para se concordar o tempo todo, ou consentir sem criticar. Mas precisamos reconhecer, e nisso até a oposição concorda, é um líder do arquétipo andarilho – perseguidor e solucionador de sufocos, pé fincado na terra. No barro, na enchente, no caos.

Há muitos problemas a serem resolvidos, mas, ao menos, ele não faz de conta que são invisíveis. Não ser omisso, num tempo de muita ideologia e de pouca prática, já é um caminho concreto. Porto Alegre não está perfeita, com tudo pronto e arrumado, tampouco parada. E nesse embalo, percebemos todos, está bem melhor do que era. Daqui para frente, acelera.

Presidente do Podemos-RS, ex-secretário municipal de Porto Alegre