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Opinião

editorial

- Publicada em 25 de Janeiro de 2023 às 19:49

Abandono dos indígenas depõe contra o Brasil

Roberto Brenol Andrade
No total, o território yanomami é formado por 378 comunidades, com 31 mil indígenas. São 120 aldeias e mais de 14 mil yanomamis sem atendimento de saúde. Crianças subnutridas e sujeitas a muitas doenças. Líderes indigenistas que estiveram nas aldeias por esses dias afirmam que o garimpo ocupou muitas pistas de pouso, sendo que garimpeiros invadiram as aldeias e as comunidades estão à mercê do crime organizado, que não se intimida nem com a presença da Força Aérea Brasileira (FAB) no local, cujos aviões e helicópteros transportaram o pessoal do Ministério da Saúde à região.
No total, o território yanomami é formado por 378 comunidades, com 31 mil indígenas. São 120 aldeias e mais de 14 mil yanomamis sem atendimento de saúde. Crianças subnutridas e sujeitas a muitas doenças. Líderes indigenistas que estiveram nas aldeias por esses dias afirmam que o garimpo ocupou muitas pistas de pouso, sendo que garimpeiros invadiram as aldeias e as comunidades estão à mercê do crime organizado, que não se intimida nem com a presença da Força Aérea Brasileira (FAB) no local, cujos aviões e helicópteros transportaram o pessoal do Ministério da Saúde à região.
O advogado indígena Ricardo Weibe Tapeba, que assumiu a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), vinculada ao Ministério da Saúde, confirmou que mais de mil indígenas yanomami estão precisando de atendimento emergencial nas aldeias. No entanto, já foi instalado um hospital de campanha na comunidade Surucucu, em Roraima, centro da área indígena, para intensificar o atendimento emergencial. Ele acrescentou que essas primeiras ações são apenas para 'enxugar gelo', pois é preciso um reforço maior na ação emergencial.
Ems eu relato, o advogado revela que o local foi visitado por três vezes, e o que encontraram foi um cenário de guerra - e isso não é apenas modo de falar. A situação requer, de fato, muitos esforços, por isso é a emergência sanitária que vai permitir estratégias mais intensificadas e avaliação das ações articuladas, disse.
Apesar do número de 100 indígenas em estado emergencial, segundo o secretário, existe uma subnotificação da situação por falta de registros precisos. Por tudo o que está ocorrendo, ainda bem que o governo se comprometeu com a retirada desses garimpeiros. Enquanto os garimpeiros não forem retirados, o problema não acabará.
Mais um deslize governamental que mancha a imagem do Brasil e dá argumentos para os que criticam o País até com segundas intenções negociais, mas citando fatos verdadeiros de abandono dos indígenas. Com o garimpo desenfreado vários rios morreram, o que acaba com assassinato direto do povo indígena.
Além do governo de Roraima no combate aos garimpos ilegais e na assistência médica, espera-se também a ação do Fundo Amazônia que será acionado. Outro problema que precisa e deve ser logo enfrentado, mesmo que se dê um desconto nos eventuais exageros que estão sendo divulgados agora, consequência do antagonismo do governo que assumiu o País em relação ao que o antecedeu, nas questões indígenas e na proteção da Amazônia, entre tantos outros ainda pendentes.
 
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