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Opinião

editorial

- Publicada em 23 de Janeiro de 2023 às 20:48

Desencontros entre o presidente e as Forças Armadas

Roberto Brenol Andrade
Desde a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi criado um certo clima, no mínimo, de desencontro entre alguns de dentro e de fora do novo governo federal e os militares. Mas, foram as manifestações e depredações ocorridas em 8 de janeiro contra o Congresso, Supremo Tribunal Federal (STF) e o próprio Palácio da Alvorada que avançaram e cristalizaram problemas de comunicação das Forças Armadas, especialmente do Exército, que tem a responsabilidade, em Brasília, de proteção direta do patrimônio que foi atacado.
Desde a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi criado um certo clima, no mínimo, de desencontro entre alguns de dentro e de fora do novo governo federal e os militares. Mas, foram as manifestações e depredações ocorridas em 8 de janeiro contra o Congresso, Supremo Tribunal Federal (STF) e o próprio Palácio da Alvorada que avançaram e cristalizaram problemas de comunicação das Forças Armadas, especialmente do Exército, que tem a responsabilidade, em Brasília, de proteção direta do patrimônio que foi atacado.
Tanto foi assim que no último sábado o presidente demitiu o comandante do Exército, general Júlio César de Arruda, no cargo havia apenas 15 dias. O novo comandante será o general Tomás Ribeiro Paiva que, antes, fez um forte discurso em que afirmava que o Exército é uma instituição de Estado e que o resultado das urnas deve ser respeitado independentemente das posições pessoais de um ou outro militar. Isso é uma obviedade constitucional, mas tem que ser repetida pelos problemas pregressos, no caso o período de 1964 a 1985, com a intervenção direta dos militares no governo do País.
Quanto aos atos do dia 8 de janeiro, o ministro da Defesa, José Múcio, afirmou não ver qualquer envolvimento direto das Forças Armadas nos lamentáveis episódios que aconteceram no Distrito Federal. O ministro sentenciou, ainda, que se algum militar, individualmente, teve participação, ele vai responder como cidadão, no que está correto.
Entretanto, para apaziguar o ambiente ainda tenso no Planalto e uma possível nova tentativa de desestabilização democrática, Múcio afirmou que não tem a menor dúvida que outros como aquele dia não vão acontecer. Até porque as Forças Armadas irão se antecipar, disse.
Ora, é uma disposição que vem de encontro ao que os brasileiros querem, o império da lei, das instituições respeitadas e o governo voltando às suas atividades básicas e constitucionais para o bem do Brasil.
As Forças Armadas, tudo está a indicar, não querem mais se envolver, não direta e oficialmente, com os problemas políticos nacionais no cotidiano. Seus integrantes podem e devem exercer os seus direitos básicos como todos os demais cidadãos, mas sem enveredar por posicionamentos envolvendo bases navais, quartéis ou bases aéreas.
Cumprir a missão constitucional é o principal, na defesa da Pátria. Milhares de jovens passam pelo Serviço Militar Obrigatório, onde aprendem muita hierarquia, disciplina e amor à Pátria. Doravante, militares e civis no mesmo objetivo, apaziguar a sociedade e fazer o Brasil voltar a crescer.
 
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