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Opinião

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- Publicada em 28 de Novembro de 2022 às 18:54

A mulher no mercado de trabalho é revolução

Carla de Bona
Carla de Bona
Foi durante o governo de Getúlio Vargas, em 1932, que as mulheres brasileiras conquistaram o direito de votar. Em 1988, a Constituição Federal afirmava que "homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações". Mas, na prática, esses direitos são realmente garantidos?
Uma mulher estar bem colocada no mercado de trabalho, muitas vezes ela se sente obrigada a adiar projetos pessoais, como o casamento e a maternidade. Os homens deixam os seus projetos pessoais de lado? São questionados se pretendem ter filhos durante uma entrevista de emprego? A resposta normalmente é não. Isso porque, na sociedade machista em que vivemos, a responsabilidade pela casa, filhos e família ainda é algo relacionado apenas às mulheres.
Neste 2022, o Brasil ficou em 94º lugar no relatório Global Gender Gap Report, do Fórum Econômico Mundial, que analisa a igualdade entre homens e mulheres, em 146 países. De acordo com o documento, a pandemia da Covid-19 atrasou o avanço da paridade de gênero em uma geração e a recuperação tem sido lenta demais para compensar as perdas, podendo levar mais de 132 anos para fechar essa lacuna.
O ranking também mostrou que, mesmo com a evolução da mulher dentro de uma atividade, os salários não acompanham este crescimento, já que elas ainda ganham cerca de 30% a menos que os homens exercendo a mesma função. Quando olhamos para o setor de tecnologia, a disparidade era ainda maior e, mesmo com tantos empecilhos, a participação feminina na área cresceu 60% nos últimos cinco anos, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Hoje, elas já representam 20% dos profissionais que atuam no mercado de TI no Brasil, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa mulher, que era praticamente destinada a ficar responsável pelos afazeres domésticos, conseguiu alcançar lugares antes inimagináveis. Atualmente, mesmo com todas as dificuldades, homens e mulheres conseguem se organizar para dividir as tarefas relacionadas ao trabalho e à casa.
O fato de ganhar o próprio dinheiro e ter a sua competência reconhecida é motivo de orgulho e de muita luta para as mulheres. Estar no mercado de trabalho já é, por si só, uma revolução. Quando uma mulher conquista o seu espaço, não apenas a sua própria vida é transformada, mas a de todas as pessoas e, principalmente, mulheres, que estão no seu entorno.
Cofundadora e diretora de Ensino da Reprograma, de apoio às mulheres em vulnerabilidade social
 
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