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Opinião

EDITORIAL

- Publicada em 27 de Janeiro de 2015 às 00:00

Turismo areja, valoriza o Brasil, mas piora déficit


Jornal do Comércio
É muito bom viajar. Primeiro, em tese, deve-se conhecer o próprio Estado e o Brasil. As belezas naturais, culturais, gastronômicas e de locais são tantas que não se conhece o País em apenas um período de viagens. Mas, quando o dólar estava barato, também os países da América do Sul, do Norte, da Europa e da Ásia entraram no radar dos brasileiros que aproveitaram a valorização do real frente à moeda dos Estados Unidos da América (EUA), com a qual o turismo mundial trabalha. Porém, o dólar encareceu. Mas, é bom que as classes emergentes, com emprego e renda melhores, aproveitem e comparem o nosso Brasil com o que se vê no exterior.
É muito bom viajar. Primeiro, em tese, deve-se conhecer o próprio Estado e o Brasil. As belezas naturais, culturais, gastronômicas e de locais são tantas que não se conhece o País em apenas um período de viagens. Mas, quando o dólar estava barato, também os países da América do Sul, do Norte, da Europa e da Ásia entraram no radar dos brasileiros que aproveitaram a valorização do real frente à moeda dos Estados Unidos da América (EUA), com a qual o turismo mundial trabalha. Porém, o dólar encareceu. Mas, é bom que as classes emergentes, com emprego e renda melhores, aproveitem e comparem o nosso Brasil com o que se vê no exterior.
A comparação nos mostrará quantas coisas boas temos por aqui, começando pela imensa tolerância étnica e religiosa, ao mesmo tempo que aprenderemos com alguns comportamentos no trânsito, nos locais públicos e na conservação de locais históricos e turísticos. De maneira geral, a maioria volta valorizando o País, o que é ótimo. A conta de viagens internacionais registrou um déficit de US$ 1,6 bilhão em dezembro de 2014 e um saldo negativo de US$ 18,695 bilhões no acumulado do ano, um novo recorde. As receitas passaram de US$ 6,710 bilhões em 2013 para US$ 6,914 bilhões no ano passado. As despesas subiram de US$ 25,342 bilhões para US$ 25,608 bilhões.
A previsão do Banco Central é que mesmo após o fim das férias escolares, a conta de viagens internacionais seguirá com aumento dos déficits. Então, vamos controlar as contas externas no quesito importações/exportações, pois os brasileiros querem conhecer o mundo.
Isso é bom e traz mais arejamento cultural e comparações inevitáveis onde, repetimos, o Brasil leva vantagem em alguns pontos e perde em outros. Em paralelo, pioraram as projeções para a balança comercial deste e do próximo ano, conforme o Relatório de Mercado Focus, do Banco Central. A média das estimativas para o saldo comercial em 2016 caiu de US$ 13 bilhões para US$ 10,02 bilhões. Para este ano, a indicação é de um superávit de US$ 4,5 bilhões, menor do que a mediana de US$ 5 bilhões apresentada na semana passada.
No turismo, a tendência muito nossa é de sempre bendizer o estrangeiro e maldizer o Brasil. Mas, se olharmos o mundo conturbado de agora, com tantos ódios raciais, étnicos e outras divergências em um mesmo país, notaremos a riqueza brasileira de Norte a Sul, de Leste a Oeste. Temos sincretismo religioso e não há uma supremacia racial, ainda que somente agora, com uma população majoritariamente negra ou parda, temos a presença marcante de artistas negros ou mulatos em novelas, na publicidade e em postos importantes das administrações pública e particular. Certas piadas que aqui divulgamos sobre etnias, maneira de falar e jeito de ser são aceitas naturalmente e motivo de risos generalizados. Em algumas outras nações, quebrariam as TVs ou rádios que as divulgassem.
Então, vamos continuar a viajar e conhecer bonitas capitais no estrangeiro, sem esquecer, entretanto, a velha máxima de que conhecer um país como turista é uma coisa, morar lá é outra, geralmente bem diferente. Aí, sim, aparece a verdadeira natureza do local.
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