A cruel realidade confirma que quem por nós é eleito, não é quem nos governa... A maquiagem embeleza o feio até o primeiro banho e a falsidade engana o ingênuo no sufrágio da urna. Tradicional jargão nordestino define com graça a desgraça do presente de todos nós sulistas: “Farinha pouca, meu pirão primeiro!”. Governador e vice, deputados, secretários, desembargadores do Tribunal do Estado e procuradores do Ministério Público não nos convidaram para a festa de arromba... Será que Roberto e Erasmo aceitariam participar? “Nossos” representantes, na verdade nua e crua, somente confirmam, aceleradamente, que tratam primeiro de si e do seu entorno.
O que vale para o cidadão que vive na altura da cota do cais Mauá não vale para a periferia da Praça da Matriz. A descida do alto da serra para o nível do Guaíba decididamente não fez bem ao “Gringo que faz!”. Nem fará bem ao seu povo! Será um Robin Hood às avessas? Diz assumir toda responsabilidade dos seus atos. Pagando as contas com o dinheiro da sociedade rio-grandense! Do parlamento, por testemunho dos tempos recém passados, pouco há que se esperar.
Da Justiça, a velha máxima que tarda, mas não falha, há que ser corrigida. Tarda, cada vez mais tarda, mas, certamente, não vai falhar. Uma oportunidade excepcional se apresentou aos poderes. Um momento mágico de identidade com todos os gaúchos. A chance do chamamento para unidade na busca de dias melhores e dignos para o povo rio-grandense. Bastava tão somente dar mostras de que todos se engajariam na busca de tempos melhores abrindo mão de benesses para si próprios. O bem de todos foi mais uma vez sobrepujado pelo bem de poucos. Mais uma vez o egoísmo, manutenção de privilégios e interesses corporativos se posicionaram na frente de quem, de fato, faz por merecer, a cidadã e o cidadão gaúchos. Quem vai tomar partido do Rio Grande?
Empresário