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Opinião

ARTIGO

- Publicada em 18 de Dezembro de 2014 às 00:00

Prevenindo o câncer


Jornal do Comércio
Paula tinha 30 anos, praticava esportes e gostava de dançar. Nunca se imaginou doente, apesar de uma tosse mais intensa já há algumas semanas. Quando teve sangramento no escarro e falta de ar, procurou uma emergência. Viu seu chão desaparecer quando soube que estava com um câncer chamado coriocarcinoma e com metástases no pulmão. Reconhecia a palavra câncer e só imaginava que sua vida estava acabando. Mesmo iniciando quimioterapia, ela pensou em desistir. Passou por medo, raiva, depressão, aceitação e esperança. Procurar informação e compartilhar a esperança foi o melhor que ela podia fazer.
Paula tinha 30 anos, praticava esportes e gostava de dançar. Nunca se imaginou doente, apesar de uma tosse mais intensa já há algumas semanas. Quando teve sangramento no escarro e falta de ar, procurou uma emergência. Viu seu chão desaparecer quando soube que estava com um câncer chamado coriocarcinoma e com metástases no pulmão. Reconhecia a palavra câncer e só imaginava que sua vida estava acabando. Mesmo iniciando quimioterapia, ela pensou em desistir. Passou por medo, raiva, depressão, aceitação e esperança. Procurar informação e compartilhar a esperança foi o melhor que ela podia fazer.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) assinala que quanto mais informação sobre a possibilidade de cura do câncer, maior é a chance das pessoas buscarem atendimento e lutarem por um sistema de saúde efetivo. E tem todo sentido priorizar esse tema, uma vez que até 2030 câncer será a principal causa de morte, principalmente em países pobres como o Brasil. Um grande número de casos é relacionado a decisões que tomamos. Uso de cigarro e bebida alcoólica, exposição desregrada ao sol, alimentação inadequada e acreditar que somente precisamos procurar atendimento quando temos algum sintoma podem encurtar uma vida por uma doença que pode ser devastadora, não só para o paciente mas também para suas famílias. Planejamento que inclui campanhas educativas, treinamento profissional, atendimento ágil e recursos adequados são responsabilidades que os governantes não podem mais adiar. De acordo com a OMS, negligenciar a necessidade de estratégia sustentável para enfrentar este problema é uma violação de direitos humanos. A melhor fórmula é integração entre governo e sociedade civil para aumentar investimento e ações em prevenção e controle.
Hoje, Paula tem 45 anos e uma filha de 10 que também adora esportes e dançar. Histórias de vitórias devem ser contadas, porque encorajam, inspiram e motivam outras pessoas mas, principalmente, chamam a atenção para o fato que vale a pena lutar pela vida.
Oncologista do Instituto do Câncer Mãe de Deus
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