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Opinião

Artigo

- Publicada em 31 de Outubro de 2014 às 00:00

Economia, entre ilusões e a realidade


Jornal do Comércio
O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu, pela sexta vez seguida, sua projeção sobre o crescimento da economia brasileira neste ano. A alta esperada do PIB caiu de 1,3% para 0,3%. A redução também se deu na expansão global que passou de 3,4% para 3,3%. Das grandes economias, apenas a italiana e a russa devem avançar menos que a brasileira. O fato de a recuperação global ser desigual e concentrada nos EUA e em alguns países da Ásia, como informa o FMI, revela que certos países, apesar de reveses temporários, conseguem solucionar crises cíclicas, naturais no capitalismo, em razão de esses países adotarem políticas econômicas refratárias à insegurança jurídica e à intervenção estatal na economia.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu, pela sexta vez seguida, sua projeção sobre o crescimento da economia brasileira neste ano. A alta esperada do PIB caiu de 1,3% para 0,3%. A redução também se deu na expansão global que passou de 3,4% para 3,3%. Das grandes economias, apenas a italiana e a russa devem avançar menos que a brasileira. O fato de a recuperação global ser desigual e concentrada nos EUA e em alguns países da Ásia, como informa o FMI, revela que certos países, apesar de reveses temporários, conseguem solucionar crises cíclicas, naturais no capitalismo, em razão de esses países adotarem políticas econômicas refratárias à insegurança jurídica e à intervenção estatal na economia.
Confirmados os números do FMI, o Brasil terá crescido apenas 1,6% nos últimos quatro anos, enquanto a média mundial será de 3,5%, e a dos emergentes, de 5,1%, o que induz a uma dedução lógica, qual seja, os equívocos até aqui cometidos pela equipe econômica, foram os que tiveram maior peso na estagnação econômica, efeito de retração nos investimentos, fato preocupante para agentes econômicos e trabalhadores da iniciativa privada. Com efeito, ao culpar seguidamente a crise internacional pelo arrefecimento da economia brasileira, o governo optou pela inação, continuando a adotar modelo ineficiente no qual desponta o estímulo ao consumo excessivo, represamento dos preços dos combustíveis, desequilíbrio das contas públicas, inclusive com subsídios direcionados a poucos escolhidos etc. Não bastasse esse quadro, a inflação, que em 12 meses alcançou 6,75% (a maior em três anos), acima do teto da meta para o ano, motivou certo membro da panglossiana equipe econômica a recomendar que o povaréu coma frango inteiro (queda no acumulado do ano de -0,67%) em vez de carne bovina (alta de 3,17% em setembro). Esquece, esse partisan petista, de lição do saudoso Eugênio Gudin, mestre de tantas gerações, que dizia que “uma pequena inflação é como uma pequena gravidez: inevitavelmente cresce”.   
Advogado
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