A respeito do artigo de autoria de Ney Carvalho,
Ocidente, a próxima vítima (
Jornal do Comércio, 11/8/2014), dei-me conta do mal que a desinformação pode fazer janela afora. Existem diversos fatos que vão contra o que se noticia sobre o Islã e sobre os judeus. Exponho alguns: (1) Em 1948, foi determinado que a província da Palestina seria dividida em um estado judaico, Israel, e um Estado Palestino. Desde então, sucessivamente, novos assentamentos de judeus promovidos por Israel vêm sendo feitos dentro do território palestino; (2) A maior comunidade de judeus em países muçulmanos está localizada no Irã. Onde os mesmos vivem em paz. Há ainda judeus em muitos outros países hoje em conflito, como Síria, Iraque, e Afeganistão, onde historicamente sempre viveram em paz; (3) Em Tunis, capital da Tunísia, a principal avenida do Centro da cidade termina justamente a uma catedral erigida para homenagear São Luis, que ali aportou em uma cruzada que custou-lhe a visão de um olho. Houvesse o ódio de muçulmanos contra cristãos, a mesma haveria sido destruída. Lembro que nem mesmo o período de colonização francesa do século passado foi capaz de mudar esta visão; (4) A convivência entre árabes muçulmanos e judeus sempre foi pacífica, do contrário, eventos repudiáveis como o holocausto já teriam ocorrido em territórios onde o Islã predomina e haveriam sido noticiados e reprovados pela comunidade internacional.
A História é bem documentada. Existem artigos científicos discutindo a visibilidade no campo de batalha em Waterloo, para justificar a ausência de ordens do então marechal Ney para que a infantaria apoiasse o avanço da cavalaria contra as posições do Duque de Wellington. Lamento que egressos de cursos de História tenham tão distorcida visão.