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Opinião

Editorial

- Publicada em 27 de Agosto de 2014 às 00:00

Guerras e fanatismo religioso em um mundo louco


Jornal do Comércio
Justo quando uma guerra sem fim entre a Palestina e Israel tem aval para uma trégua prolongada, os militantes do Estado Islâmico declaradamente mataram mais de 670 prisioneiros na cidade de Mosul e cometeram outros abusos horríveis no Iraque que representam crimes contra a humanidade.
Justo quando uma guerra sem fim entre a Palestina e Israel tem aval para uma trégua prolongada, os militantes do Estado Islâmico declaradamente mataram mais de 670 prisioneiros na cidade de Mosul e cometeram outros abusos horríveis no Iraque que representam crimes contra a humanidade.
As atrocidades de seu autoproclamado califado na fronteira entre o Iraque e a Síria incluem assassinatos planejados, conversões forçadas, sequestros, tráfico, escravidão, abuso sexual, destruição de locais com significados religiosos e culturais, além do assédio contra comunidades por razões étnicas, religiosas ou sectárias. Ciclicamente, desde tempos milenares, a humanidade esteve sofrendo com doenças – agora é o ebola - que dizimaram milhares ou mesmo milhões de pessoas.
No século XX, os mais velhos ainda falam sobre a chamada gripe espanhola, que matava crianças, adultos jovens ou idosos. Depois, geralmente após conflitos armados, tivemos a gripe asiática, também dando a volta ao mundo ceifando milhares de vidas. Chegou a vez da Aids, um castigo divino para os desregramentos de conduta, segundo os religiosos mais ortodoxos. Pois agora, na metade da segunda década do século XXI, parece que estamos repetindo quase tudo de errado de alguns séculos anteriores, com guerras, fanatismos religiosos, doenças epidêmicas e descontrole político.
Apesar de, normalmente, subestimarem os latino-americanos, os europeus sempre foram o epicentro de terríveis guerras mundiais, ou, às vezes, no Oriente Médio. Porém, olharam com desdém para esta região, com algumas exceções, talvez como consolo ou apenas para algum momento de piedade com o que alguns chamam, maldosamente, de “sub-raça”. As lendas urbanas sempre existiram, mas lembra-se que foi divulgado um suposto calendário maia prevendo o fim da humanidade para dezembro de 2012. Do jeito que se espalham doenças e guerras localizadas e o fanatismo religioso, talvez o fim do mundo esteja previsto para 2014.
Na história da humanidade, várias datas foram estabelecidas para determinar o final dos tempos e, provavelmente, outras serão estipuladas. Mas antes que loucuras levem o mundo ao seu final, há muito o que fazer bem mais perto de nós. Os porto-alegrenses gostariam de ver uma cidade mais limpa, com a ajuda dos próprios moradores, claro. Que as obras viárias previstas para a Copa do Mundo fossem completadas. Que o trânsito, agora com 800 mil veículos em uma cidade de 1,4 milhão de habitantes, fosse mais organizado, e que as pessoas pudessem caminhar sem tanto medo e insegurança.
Os gaúchos prefeririam ver rodovias largas, seguras, bem sinalizadas, abastecimento de água em todos os municípios e estes com acessos asfaltados às malhas estadual ou federal. Os brasileiros, abatidos por tantas vigarices em conluios entre pessoas da área privada, pública e assemelhados, rezam por menos corrupção e melhor aplicação das verbas oficiais, com menos vigarices envolvendo pessoas de dentro e de fora dos serviços  da União, estados e municípios. Talvez seja pedir demais, mas como o fim do mundo não será em 31 de dezembro de 2014, espera-se que, talvez, até lá, a situação comece a mudar, seja ou não resultado das eleições.
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