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Opinião

Artigo

- Publicada em 26 de Agosto de 2014 às 00:00

Eleição pós-Campos nos campos da Expointer


Jornal do Comércio
A realização da 37ª Expointer, a maior feira agropecuária da América Latina, em pleno ano eleitoral, faz supor a presença praticamente unânime de todos os candidatos à presidência da República e ao governo do Estado no evento. Nesta hora, todos celebrarão a força do agronegócio brasileiro, o setor que se converteu de forma definitiva na locomotiva nacional na última década, e farão compromissos em ser parceiros do setor. Mesmo os que, historicamente, sempre se opuseram de forma ferrenha à agricultura empresarial. Tudo isso, claro, ganha contornos muito mais incertos após a trágica morte de um dos candidatos, o ex-governador pernambucano Eduardo Campos (PSB), que não teve a chance de visitar a Expointer como presidenciável.
A realização da 37ª Expointer, a maior feira agropecuária da América Latina, em pleno ano eleitoral, faz supor a presença praticamente unânime de todos os candidatos à presidência da República e ao governo do Estado no evento. Nesta hora, todos celebrarão a força do agronegócio brasileiro, o setor que se converteu de forma definitiva na locomotiva nacional na última década, e farão compromissos em ser parceiros do setor. Mesmo os que, historicamente, sempre se opuseram de forma ferrenha à agricultura empresarial. Tudo isso, claro, ganha contornos muito mais incertos após a trágica morte de um dos candidatos, o ex-governador pernambucano Eduardo Campos (PSB), que não teve a chance de visitar a Expointer como presidenciável.
Ouvi Campos falar na sabatina realizada pela Confederação Nacional da Agricultura, em Brasília, com a presença dos três candidatos melhor colocados nas pesquisas de opinião naquele momento. De longe, foi o que me pareceu demonstrar mais conhecimento técnico, espírito de estadista e capacidade para o diálogo. Havia um temor justificado em função da aliança que precisou fazer, mas conseguiu demonstrar aos produtores rurais um comprometimento firme com o fortalecimento da produção. Retirado do cenário de forma trágica pelo imponderável, a situação assume novos contornos. Eu tenho sérias dúvidas se sua sucessora viria a uma Expointer, e se vier, terei muita curiosidade para saber como pretende dialogar com o setor produtivo da nação, de quem se tornou feroz opositora na discussão do Código Florestal, se já não quis diálogo nem mesmo com o grupo político que cercava o candidato anterior, nem com as alianças e compromissos que ele celebrou em diversos estados da federação.
A pretensão de ignorar o setor diretamente responsável pelo desenvolvimento de nossa balança comercial é profundamente temerária para quem almeja a presidência da República. É preciso que o brasileiro esteja atento a este cenário, e pronto para desconfiar da pregação messiânica de pessoas que surfam na onda do descrédito geral da classe política, apresentando-se com uma tal de “nova política”, como se não pertencesse à elite política há mais de 20 anos.  É tempo de Expointer, e os candidatos vêm aí. Que o Rio Grande escute atento, prestando especial atenção mais a quem está falando do que ao que estiver sendo dito.
Presidente do Sindicato Rural de São Gabriel e vice-presidente da Farsul

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