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Opinião

ARTIGO

- Publicada em 11 de Agosto de 2014 às 00:00

Sem medo de dizer a verdade


Jornal do Comércio
Nos debates, os candidatos a governador não têm coragem de dizer o que vão fazer para enfrentar os graves problemas estaduais, porque têm medo de com isso perderem voto. O bode expiatório sempre é a dívida com a União, quando este não é o maior problema do Estado, embora seja indispensável uma renegociação. Mas não nos iludamos, pois, por melhor que ela seja, apenas amenizará, mas não resolverá os problemas financeiros do Estado.
Nos debates, os candidatos a governador não têm coragem de dizer o que vão fazer para enfrentar os graves problemas estaduais, porque têm medo de com isso perderem voto. O bode expiatório sempre é a dívida com a União, quando este não é o maior problema do Estado, embora seja indispensável uma renegociação. Mas não nos iludamos, pois, por melhor que ela seja, apenas amenizará, mas não resolverá os problemas financeiros do Estado.
Gostaria que os candidatos dissessem o que farão para resolver o problema previdenciário estadual, cujas maiores modificações devem ser feitas em nível federal e que eles vão mobilizar os demais governadores na luta por essa alteração. Na previdência existem leis altamente permissivas, onde 87% dos servidores se aposentam com 25 ou 30 anos de contribuição, a metade com idade mínima de 50 anos e uma grande parte sem essa exigência. Isso obriga a manter concomitante para o mesmo cargo dois ou até três servidores, um em atividade e um ou dois aposentados. Gostaria de ouvir um compromisso com a mudança das regras das pensões, que precisam dar ao benefício um caráter seletivo que leve em conta a situação econômica do beneficiário e que respeitem o teto salarial constitucional.
Gostaria que o candidato tivesse a coragem de dizer que a maioria dos servidores ganha pouco por causa disso tudo, embora haja uma minoria que ganha muito bem. Gostaria de ouvir do candidato o que ele vai fazer para cumprir o piso do magistério sem alterar o plano de carreira, cujo não cumprimento está gerando um passivo trabalhista superior a R$ 10 bilhões. Também gostaria de ouvir do candidato como ele vai administrar a situação decorrente dos reajustes concedidos pelo atual governo até 2018, quando os déficits anuais serão muito superiores a R$ 4 bilhões, se as fontes possíveis de financiamento foram praticamente esgotadas. Enfim, gostaria de um candidato que não tivesse medo de dizer a verdade!
Economista e contador
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