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Opinião

Artigo

- Publicada em 16 de Julho de 2014 às 00:00

A FEB e a industrialização brasileira


Jornal do Comércio
A lembrança veio de Henrique Sarmento Barata: “Estão esquecendo nossos heróis; eles foram pioneiros da siderurgia nacional”. Ocorre que, durante a Segunda Guerra Mundial, jovens civis brasileiros foram mobilizados nos diversos recantos do País. Eram os pracinhas. Vinham “dos cafezais, da terra do coco, das praias sedosas, das montanhas alterosas, do pampa” – enfim, da pátria brasileira. Além do que confiavam na “mira do seu fuzil, na ração do seu bornal e na água do seu cantil” – consoante letra da Canção do Expedicionário, de autoria de Guilherme de Almeida.
A lembrança veio de Henrique Sarmento Barata: “Estão esquecendo nossos heróis; eles foram pioneiros da siderurgia nacional”. Ocorre que, durante a Segunda Guerra Mundial, jovens civis brasileiros foram mobilizados nos diversos recantos do País. Eram os pracinhas. Vinham “dos cafezais, da terra do coco, das praias sedosas, das montanhas alterosas, do pampa” – enfim, da pátria brasileira. Além do que confiavam na “mira do seu fuzil, na ração do seu bornal e na água do seu cantil” – consoante letra da Canção do Expedicionário, de autoria de Guilherme de Almeida.
Componentes do Exército Nacional e da recém-criada Força Aérea Brasileira (FAB), os pracinhas haviam sido recrutados para compor a Força Expedicionária Brasileira (FEB). Enfrentaram as forças do Eixo (Alemanha, Itália – o Japão não era participante do teatro de guerra europeu). Foram vitoriosos nas batalhas de Massarosa, Camaiora, Casteinuovo, Montese e Monte Castello. Nessas batalhas, 16 aviões da FAB foram abatidos em combates aéreos. Nelas, houve milhares de baixas de brasileiros por ferimentos e mutilações em combates – muitos dos quais morreram ou ficaram incapacitados para a vida civil. (Observe-se que, no contingente da FEB, também estavam incorporados intelectuais brasileiros, dentre outros, Celso Furtado, Clarice Lispector e Jacob Gorender).
Os mortos foram sepultados em Pistóia, na Toscana italiana – só mais tarde seus restos voltaram para o Brasil. Os sobreviventes hoje estão com mais de 90 anos de idade. Observe-se que aqueles soldados não estavam equipados para a guerra na Europa. Não conheciam o inverno europeu – frio, vento e neve. Enfrentaram-no com fardamento e coturnos quase tropicais.
Naquela ocasião, o presidente Getulio Vargas decidiu apoiar os Aliados. Não fora uma decisão fácil, haja vista as opiniões contrárias de simpatizantes do Eixo. A decisão de Vargas foi uma decorrência de acordos bilaterais. Neles, aparece o financiamento norte-americano para a instalação da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) – projeto que favoreceu o desenvolvimento industrial brasileiro, especialmente o de São Paulo. (Vargas teria imaginado dar uma contrapartida aos anseios políticos paulistas, contrariados desde a revolta de 1932). E também o financiamento para a Companhia Vale do Rio Doce. Por fim, pode-se dizer que os pracinhas brasileiros da FEB foram precursores da industrialização nacional.
Vereador de Porto Alegre/PP e ex-prefeito
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