Mulheres e mães, o que importa é o bom resultado 

Hoje em dia, muitas mulheres se julgam indecisas entre os diversos papéis que precisam representar, o de serem mães, donas de casa e trabalharem em uma profissão. Claro que não é fácil, mas o instinto maternal, embora bem arrefecido segundo indicam as estatísticas sobre nascimentos cada vez em menor número por cada mulher, ainda assim ser mãe é o que prevalece, mas não é nada fácil. Angela Maria, a cantora que encantou o Brasil por 20 anos nas décadas de 1950 e 1960, imortalizou uma música em que enaltecia as qualidades das mães “de antigamente”. Avental todo sujo de ovo, cuidando dos filhos ao redor, orientando um nos temas de casa, para outro dando medicação caseira. Porém, esse modelo de mãe ficou no passado, por vários motivos, o principal pelo fato de a mulher não aceitar ser coadjuvante no casamento. 

Quer ganhar o seu dinheiro e ser uma boa dona de casa, esposa e mãe, porém, não é fácil conciliar tantas atividades. Além disso, não é mais “a rainha do lar”, pois cerca de 30% são responsáveis, sem maridos, pelo sustento delas mesmas e da prole.

Está certo agora ou era mais consentâneo o modelo anterior, cantado por Angela Maria? Nada está apenas certo ou errado, mas mudaram os tempos e o ambiente econômico-financeiro. Acontece que o instinto maternal é muito mais poderoso que a razão nos homens, o que pode parecer um pensamento machista. Não somos iguais, felizmente. Um sexo complementa o outro. Pelo menos deveria ser assim. Por isso, ocorreu o adiamento da maternidade para uma idade mais avançada. Mulheres de sucesso em carreiras predominantemente masculinas até 20 ou 30 anos passados provam que ocorreram mudanças. Não havia divórcio, agora os casais se separam e há, sim, dificuldade na adaptação da vida matrimonial a qual exige paciência, entendimento e compreensão para com as diferenças. “Casamentos durando 50 anos são coisa do passado”, afirmou um dos tantos profissionais de relações humanas ouvidos pela imprensa. Porém, é um tempo de transição nas relações heterossexuais, certamente.

Mesmo quando somos adultos, comandamos o nosso destino, a mãe ainda se preocupa e, muitas vezes, nos manda colocar um agasalho, pergunta se não queremos comer algo antes de sair, nos espera à noite até chegarmos ao lar, ainda que casados e até com filhos, telefonando para a nora insistentemente. Se houve uma certa equiparação quanto ao trabalho fora do lar, os homens ainda são maioria nos empregos e possuem salário maior que o das mulheres, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mas, ao contrário do que ocorria no passado, o gênero não é mais tão determinante para o sucesso profissional. O que impulsiona o salário, atualmente, é o nível de escolaridade.

Mas, como diz o povo, “mãe é mãe”, tenha ou não escolaridade, trabalhe ou não fora de casa e ainda hoje, nos primeiros anos de aprendizado, milhares de alunos estarão rabiscando mensagens e desenhos para as suas mães. Ao receberem, quase todas ficarão com os olhos marejados de lágrimas pela lembrança dos seus rebentos. E é isso o que encanta. Aos que não as têm mais vivas, resta uma doce imagem, uma oração ou um tipo de refeição “como só ela sabia fazer”. E isso vale muito. Feliz Dia das Mães.