As boas e as más ações

O Brasil está repleto de etnias e raças diversificadas, que foram sendo espalhadas pelo País, contribuindo para as diferenças culturais que temos hoje. Com relação aos comportamentos, o povo brasileiro tem-se mostrado com atitudes louváveis, como devolver uma carteira de dinheiro ao seu dono, ou pagar uma conta que não é sua, exemplo do segurança Marco Antônio da Silva, morador de São Leopoldo, ao encontrar a quantia de R$ 600,00 na rua, junto de uma conta, e efetuar a boa ação, ao invés de se beneficiar com o dinheiro. Este e outros casos têm sido notícia ultimamente na mídia, onde pessoas têm se tornado “bons samaritanos”. Mas essas atitudes não deveriam ser normais, quando ao encontrar pertences que não são seus, devolvê-los aos seus donos ao invés de se beneficiar com eles? Onde está a boa ação? Eu diria que boa ação é como, por exemplo, auxiliar deficientes físicos e idosos quando encontram-se em situações de difícil locomoção e que, na maior parte das vezes, não recebem respaldo do governo e nem do povo brasileiro.

De outro lado, tem sucumbido, em nossa sociedade, o aumento do número de casos de homofobia e preconceito, como o total desprezo com os afrodescendentes - nome dado ao povo africano por serem os que colaboraram e ainda colaboram com as manifestações culturais brasileiras – e que são incessantemente rechaçados com atitudes desprezíveis, principalmente em estádios de futebol, local que deveria ser de divertimento e alegria.

Eu diria que há uma inversão de valores em nossa sociedade, e a forma como se vem lidando com as boas e as más ações estão distorcidas. Acredito que valha a pena refletirmos sobre as nossas atitudes: a ética, o bom senso e a consciência crítica devem pautar nossas ações, ao invés de usarmos o comportamento dos poucos “bons samaritanos” como exemplo para repensarmos nossas ações.

Professora e administradora