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Opinião

ARTIGO

- Publicada em 11 de Abril de 2014 às 00:00

Para que queremos a Hidrovia Brasil-Uruguai


Jornal do Comércio
Há pelo menos 10 anos, um dos maiores projetos de uso das águas gaúchas como modal de transporte, a Hidrovia Brasil-Uruguai, é discutido exaustivamente. Durante quase um século, o Rio Grande do Sul escoou mais de 80% do que produzia por seus rios e lagos, mas, hoje, no entanto, temos um volume de transporte por rodovias muito elevado, na casa de 85,3%, dado bem acima da média nacional, o que gera um alto custo de manutenção e onera os usuários com uma carga tributária ainda mais elevada.

Há pelo menos 10 anos, um dos maiores projetos de uso das águas gaúchas como modal de transporte, a Hidrovia Brasil-Uruguai, é discutido exaustivamente. Durante quase um século, o Rio Grande do Sul escoou mais de 80% do que produzia por seus rios e lagos, mas, hoje, no entanto, temos um volume de transporte por rodovias muito elevado, na casa de 85,3%, dado bem acima da média nacional, o que gera um alto custo de manutenção e onera os usuários com uma carga tributária ainda mais elevada.

O projeto apresentado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit) destaca a necessidade de construção de portos em Santa Vitória do Palmar e Jaguarão, ambos na região Sul. Soma-se a estes, o porto de Pelotas, que, por sua estrutura e proximidade de Rio Grande, é estratégico para escoamento da produção. Porém, a dúvida está no que vamos transportar. O que teremos para preencher os porões de barcaças ou navios, que, em uma viagem, carregam o equivalente a 200 caminhões? Sabemos do potencial produtivo dos 22 municípios de nossa região, mas de que forma será viabilizado o escoamento desta produção?

Nós, no Rio Grande do Sul, temos o privilégio de contarmos com uma das maiores malhas hidroviárias do País, em proporção ao nosso território. Somos detentores de quase 800 quilômetros de canais prontos para a navegação. Neste sentido, o projeto prevê uma hidrovia constituída pelos rios Jacuí e Taquari, Lagoa dos Patos, Lago Guaíba, seguindo pelo canal de São Gonçalo e Lagoa Mirim, até o Uruguai. São 650 km entre Estrela e Santa Vitória do Palmar. O trecho que compete ao Estado está pronto. Basta termos cargas e destinos e, acima de tudo, mudarmos a nossa cultura de que o transporte deve ser feito apenas pelas estradas.

Nossas hidrovias são consolidadas, mas subutilizadas, fazendo com que nossas estradas, já saturadas, sejam cada vez mais sobrecarregadas. Isso sem falar do investimento, que, na manutenção das hidrovias, não chega a 10% do que é gasto em rodovias. O projeto da Hidrovia do Mercosul é ambicioso, orçado em R$ 217 milhões, um grande volume de recursos, que não pode ser desperdiçado. Acredito no transporte aquaviário e, principalmente, na integração dos modais. A Hidrovia do Mercosul é muito importante, mas é preciso planejar, para aproveitá-la na sua totalidade.

Deputado estadual/PSB

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