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Opinião

editorial

- Publicada em 07 de Outubro de 2013 às 00:00

Nota de crédito rebaixada não surpreendeu


Jornal do Comércio
Em verdade, a redução da perspectiva da nota de crédito do Brasil de positiva para estável pela agência de classificação de risco Moody’s não apenas foi correta como estava atrasada, já que a Standard & Poor’s (S&P) havia colocado o rating do País em perspectiva negativa. Claro que sempre existe a expectativa de melhora dos indicadores, segundo alguns. Porém, os mais céticos, classificados de pessimistas ou de que torcem contra o País, julgam que a situação das contas públicas, com dívida de R$ 2 trilhões, falta de reformas na previdência pública em geral e o pífio superávit primário, não permite ser otimista. O ministro Guido Mantega dá nítidos sinais de desgaste no comando da economia, e isso se reflete até mesmo no seu semblante, sempre cansado. E não se vislumbra uma alta da taxa de crescimento do Brasil acima de algo entre 2% e 2,5%. É que o investimento, que seria o motor do crescimento, não deslanchou. Alguns se perguntam se em 2014 vai piorar. Provavelmente não, mas teremos apenas mais do mesmo, então não haveria razão para reduzir a nossa nota já baixa. E a aposta é no sentido de que a taxa básica de juros deve encerrar 2013 e 2014 em 9,75%.

Em verdade, a redução da perspectiva da nota de crédito do Brasil de positiva para estável pela agência de classificação de risco Moody’s não apenas foi correta como estava atrasada, já que a Standard & Poor’s (S&P) havia colocado o rating do País em perspectiva negativa. Claro que sempre existe a expectativa de melhora dos indicadores, segundo alguns. Porém, os mais céticos, classificados de pessimistas ou de que torcem contra o País, julgam que a situação das contas públicas, com dívida de R$ 2 trilhões, falta de reformas na previdência pública em geral e o pífio superávit primário, não permite ser otimista. O ministro Guido Mantega dá nítidos sinais de desgaste no comando da economia, e isso se reflete até mesmo no seu semblante, sempre cansado. E não se vislumbra uma alta da taxa de crescimento do Brasil acima de algo entre 2% e 2,5%. É que o investimento, que seria o motor do crescimento, não deslanchou. Alguns se perguntam se em 2014 vai piorar. Provavelmente não, mas teremos apenas mais do mesmo, então não haveria razão para reduzir a nossa nota já baixa. E a aposta é no sentido de que a taxa básica de juros deve encerrar 2013 e 2014 em 9,75%.

Mas, ao lado dos seus festejados e bem divulgados 60 anos, a Petrobras está operando com custos não cobertos pelo valor cobrado pelos combustíveis que vende. Piorando, os trabalhadores da estatal protestam contra a realização dos leilões de petróleo e gás, especialmente o campo de Libra, contra o projeto de Lei 4330/04, que regulamenta a terceirização dos contratos de trabalho, e há impasse nas negociações sobre o acordo coletivo 2013/2014. Assim, a Petrobras também foi rebaixada pela agência de rating Moody’s, na classificação de risco (rating) de sua dívida de longo prazo. A Moody’s manteve a perspectiva negativa dos ratings da Petrobras para avaliar a execução da companhia em relação ao seu programa de investimento e cumprimento das metas de crescimento de produção, bem como da tendência de alavancagem, que deve começar a declinar depois de 2014.

Aliás, até agora continua nebulosa a aquisição de refinaria no Texas, Estados Unidos, por cerca de US$ 1 bilhão e, depois, revendida por menos de 15% desse valor. Por isso, a Petrobras comunicou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que possui, hoje, um maior rigor na aprovação de novos projetos. A empresa também afirma que haverá um aumento significativo de sua produção de petróleo e gás natural, atingindo 3,4 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) em 2017 e 5,2 milhões de boed em 2020.

Nesta semana, os líderes petroleiros se reunirão para discutir sobre uma nova  paralisação que será realizada dia 17, quatro dias antes do leilão do campo de Libra, marcado para 21. Nessa reunião, a entidade irá avaliar os avanços nas negociações sobre o acordo coletivo 2013/2014, cuja data-base da categoria é 1 de setembro. A Petrobras ficou de retomar as discussões com os sindicalistas também nesta semana. Então, não surpreende que, como maus e relapsos alunos que não fazem reformas e deixam a maior empresa pública do País ser mal conduzida por ex-dirigentes tal e qual acontece na Venezuela com péssimos resultados, ganhar uma nota ruim é o mínimo que se pode esperar.

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