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Opinião

editorial

- Publicada em 04 de Julho de 2013 às 00:00

Carma governamental que assola Brasília  


Jornal do Comércio
Se existe mesmo um carma que afeta governos, o de Brasília deve estar sofrendo as consequências de um desses fenômenos paranormais. Não bastassem as manifestações de rua em várias cidades do País, o governo federal enfrenta as previsões para o ano de 2013 com uma combinação nada feliz, ou seja, inflação em alta e Produto Interno Bruto (PIB) em baixa. Nada definitivo e que não possa ser revertido, mas como boa parte do sucesso do Brasil atualmente depende do comportamento de outros países, principalmente da China, que compra - ou comprava - as nossas commodities a rodo, o panorama é de preocupar. Analistas consultados pelo Banco Central no relatório semanal Focus elevaram a projeção da inflação para este ano de 5,86% para 5,87%. Para 2014, de 5,80% para 5,88%. Pela primeira vez, o mercado estima que a inflação no último ano do governo Dilma será superior à do ano anterior, quando o IPCA bateu em 5,84%. A previsão de crescimento da economia em 2013 caiu de 2,46% para 2,40% e, em 2014, de 3,1% para 3%.
Se existe mesmo um carma que afeta governos, o de Brasília deve estar sofrendo as consequências de um desses fenômenos paranormais. Não bastassem as manifestações de rua em várias cidades do País, o governo federal enfrenta as previsões para o ano de 2013 com uma combinação nada feliz, ou seja, inflação em alta e Produto Interno Bruto (PIB) em baixa. Nada definitivo e que não possa ser revertido, mas como boa parte do sucesso do Brasil atualmente depende do comportamento de outros países, principalmente da China, que compra - ou comprava - as nossas commodities a rodo, o panorama é de preocupar. Analistas consultados pelo Banco Central no relatório semanal Focus elevaram a projeção da inflação para este ano de 5,86% para 5,87%. Para 2014, de 5,80% para 5,88%. Pela primeira vez, o mercado estima que a inflação no último ano do governo Dilma será superior à do ano anterior, quando o IPCA bateu em 5,84%. A previsão de crescimento da economia em 2013 caiu de 2,46% para 2,40% e, em 2014, de 3,1% para 3%.
Em linha com as más previsões, o mercado elevou a estimativa para os juros no fim do ano. É esperada uma alta para 8,5% na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) da próxima semana, para 9% em agosto e outra elevação, para 9,25%, em outubro. Entre os economistas com maior percentual de acerto, a estimativa para os juros no fim do ano subiu para 9,5%, patamar que seria mantido até o fim de 2014. Analistas experientes sustentaram a expectativa de um superávit primário do setor público consolidado de 1,8% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013. Para 2014, a mediana das projeções subiu de 1,5% para 1,58% do PIB para a economia da União, Estados, municípios e suas estatais.
Outra preocupação neste momento de turbulências geradas pela possibilidade de mudanças na política monetária dos Estados Unidos é a piora nas contas externas do Brasil. Na pesquisa Focus, a previsão de déficit em transações correntes em 2013 subiu de US$ 73,76 bilhões para US$ 74,50 bilhões. Para 2014, passou de US$ 79 bilhões para US$ 79,75 bilhões. Os valores superam a estimativa para o Investimento Estrangeiro Direto (IED), principal fonte de financiamento do resultado negativo, que continua em US$ 60 bilhões para os dois anos. Outra preocupação é o fato de que a balança comercial brasileira teve o pior semestre em 18 anos. De janeiro a junho, o País comprou US$ 3 bilhões a mais em mercadorias do que vendeu ao exterior. O déficit não era visto na primeira metade do ano, no Brasil, desde 2001 e é, em parte, explicado por uma questão contábil envolvendo a Petrobras. Outra parte da responsabilidade pela cifra negativa foi atribuída pelo governo ao esfriamento do comércio exterior por causa da crise internacional.
Mas existe otimismo para o resultado anual, pois alguns técnicos acreditam em um resultado positivo. No dia 1 de julho, a esperança foi realimentada, com o saldo positivo de US$ 2,4 bilhões em junho, bastante expressivo e o maior mensal de 2013. A tendência, ainda segundo os técnicos do governo, é de uma recuperação da trajetória da balança, com as exportações em alta. Que assim seja. O Brasil precisa exportar e economizar mais.
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