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Opinião

ARTIGO

- Publicada em 24 de Junho de 2013 às 00:00

Sobre os protestos


Jornal do Comércio
O R$ 1,2 bilhão empregado na construção de uma arena, em Brasília, onde não há futebol. O fato de ser arena lhe dá multiuso, mas não lhe retira a finalidade principal: futebol. Enquanto isso prolifera a miséria nas cidades-satélites, assim como em todo o País. Mas esse desperdício não é novidade, e não é só na capital federal, não é só para esse esporte. Desde nossa descoberta, vivemos no País do “faz de conta”. A Capital, apenas, bem representa e traduz esse papel, pois outras arenas estão por aí, mas cuja serventia só saberemos depois da Copa. Dessa empreitada, bolsos precavidos, como de costume, mais recheados sairão, ainda que mais paupérrimos os cofres públicos.
O R$ 1,2 bilhão empregado na construção de uma arena, em Brasília, onde não há futebol. O fato de ser arena lhe dá multiuso, mas não lhe retira a finalidade principal: futebol. Enquanto isso prolifera a miséria nas cidades-satélites, assim como em todo o País. Mas esse desperdício não é novidade, e não é só na capital federal, não é só para esse esporte. Desde nossa descoberta, vivemos no País do “faz de conta”. A Capital, apenas, bem representa e traduz esse papel, pois outras arenas estão por aí, mas cuja serventia só saberemos depois da Copa. Dessa empreitada, bolsos precavidos, como de costume, mais recheados sairão, ainda que mais paupérrimos os cofres públicos.
Mas também isso não é novidade. Assim o é, desde os primórdios dessa terra brasilis. Infelizmente, não há dia que não tenhamos manchetes: desviados milhões da saúde; fraude na distribuição de medicamentos; quadrilha adulterava o leite; superfaturamento na obra A, na estrada Y; apropriação no dinheiro da merenda escolar. Assim, sucessivamente, em todas as bibocas, em tudo que se puder imaginar e até mesmo onde nossa imaginação não alcança. Enquanto isso, nossos homens públicos e nossas instituições cuidam de si, como se nada vissem, nada soubessem, nada estivesse acontecendo. Assim, não é novidade que se mostrem surpreendidos com os protestos que recrudescem, que se espalham; que não têm uma só bandeira, mas se voltam contra tudo.
Esses são o resultado da omissão, do abuso e do desprezo com a população, acreditando que ela só quer circo e migalha. O grito contido ecoou. Agora é correr atrás, pois as ruas foram tomadas, crescem as adesões, inclusive no exterior, e ninguém pode prever como e quando tudo terminará. Será que o Brasil cansou de esperar “deitado eternamente em berço esplêndido”?
Advogado
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