Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Opinião

Editorial

- Publicada em 10 de Abril de 2012 às 00:00

Além de cachaça e consulados, mais negócios


Jornal do Comércio
As relações comerciais entre o Brasil e os Estados Unidos (EUA) vão parar muitas vezes na Organização Mundial do Comércio (OMC). Mas, na reunião desta segunda-feira entre os presidentes Dilma Rousseff e Barack Obama, as tensões ficaram de lado devido ao reconhecimento da cachaça como produto tipicamente brasileiro. A cachaça e o bourbon norte-americano serão batizados como “produtos distintos”. Somente cachaças produzidas no Brasil serão vendidas como tal nos EUA. Apenas os bourbons norte-americanos poderão ser assim comercializados no Brasil. O bourbon é uma aguardente de milho armazenada em tonéis de carvalho e conhecida como uísque do Tennessee. O Brasil produz por ano 1,5 bilhão de litros de cachaça. São mais de 30 mil produtores e cinco mil marcas. Uma garrafa especial de Velho Barreiro Diamond cravejada de diamantes seria o regalo de Dilma Rousseff a Barack Obama. Os afagos foram de ambos mandatários. O presidente Obama declarou ter sorte por encontrar na presidente Dilma Rousseff uma parceira, após uma hora e meia de conversa no Salão Oval da Casa Branca. Concentraram-se nas oportunidades de negócios oferecidas de lado a lado. “Esperamos cooperar em uma ampla gama de projetos energéticos”, afirmou Obama, sentado ao lado de Dilma. “A relação bilateral nunca foi tão forte”, completou.
As relações comerciais entre o Brasil e os Estados Unidos (EUA) vão parar muitas vezes na Organização Mundial do Comércio (OMC). Mas, na reunião desta segunda-feira entre os presidentes Dilma Rousseff e Barack Obama, as tensões ficaram de lado devido ao reconhecimento da cachaça como produto tipicamente brasileiro. A cachaça e o bourbon norte-americano serão batizados como “produtos distintos”. Somente cachaças produzidas no Brasil serão vendidas como tal nos EUA. Apenas os bourbons norte-americanos poderão ser assim comercializados no Brasil. O bourbon é uma aguardente de milho armazenada em tonéis de carvalho e conhecida como uísque do Tennessee. O Brasil produz por ano 1,5 bilhão de litros de cachaça. São mais de 30 mil produtores e cinco mil marcas. Uma garrafa especial de Velho Barreiro Diamond cravejada de diamantes seria o regalo de Dilma Rousseff a Barack Obama. Os afagos foram de ambos mandatários. O presidente Obama declarou ter sorte por encontrar na presidente Dilma Rousseff uma parceira, após uma hora e meia de conversa no Salão Oval da Casa Branca. Concentraram-se nas oportunidades de negócios oferecidas de lado a lado. “Esperamos cooperar em uma ampla gama de projetos energéticos”, afirmou Obama, sentado ao lado de Dilma. “A relação bilateral nunca foi tão forte”, completou.
Dilma ressaltou o fato de o investimento direto produtivo do Brasil nos EUA hoje alcançar 40% do americano no mercado brasileiro. “A relação entre Brasil e Estados Unidos é muito importante para nós, tanto a bilateral quanto a multilateral”, afirmou. “É do nosso mais alto interesse estreitar nossas parcerias em economia e em inovação com os Estados Unidos arrematou. Consulados em Porto Alegre e Belo Horizonte foram confirmados. Quando abrirão, só Deus e Hillary Clinton sabem. É uma desconsideração que gaúchos, catarinenses e paranaenses viajem até São Paulo ou  Rio para obterem um visto. E o nosso suco de laranja continua sofrendo barreiras, enquanto o mercado dos EUA se abriu só para a carne suína de Santa Catarina. Assim mesmo, de janeiro a fevereiro de 2012, o comércio entre os dois países aumentou em 20% em relação ao mesmo período de 2011. Passou de US$ 7,9 bilhões para US$ 9,5 bilhões. Durante décadas, os EUA foram o maior parceiro comercial do Brasil, mas agora é a China o principal destino das exportações nacionais.
Um ponto de divergência entre Obama e Dilma é a participação de Cuba na Cúpula das Américas, no próximo fim de semana em Cartagena das Índias, na Colômbia. Dilma Rousseff almeja que a de Cartagena deve ser a última cúpula americana sem a Cuba dos irmãos Fidel e Raúl Castro. A questão é interna. Em ano de eleições, Obama não quer mais problemas além dos econômicos. Os EUA dizem que Cuba não é um país democrático e não pode participar. Também em Cartagena deverá ser debatida a frente antinarcóticos. Muitos defendem a mudança de estratégia, e a proposta da Guatemala favorável à legalização das drogas aparece como solução. Brasil e Estados Unidos são os dois maiores consumidores de cocaína no continente, uma tristeza. O cancelamento da compra de 20 Super Tucanos pela Força Aérea dos EUA, dois meses depois do anúncio da vitória da Embraer, trouxe desconforto. Enfim, negócios acima da amizade.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO